Por Senad Karaahmetovic
As ações da Nike (SA:NIKE34) (NYSE:NKE) têm queda de 6,66% por volta das 15h29 desta terça-feira, depois que a varejista de vestuário esportivo divulgou os resultados para o seu quarto trimestre fiscal.
A receita atingiu US$ 12,23 bilhões, valor 0,9% menor no ano, superando as estimativas de US$ 12,13 bilhões. O lucro por ação (LPA) ficou a US$ 0,90 por ação, também à frente das expectativas, de US$ 0,81.
Na América do Norte, a Nike registrou vendas de US$ 5,12 bilhões, inferiores à estimativa de US$ 5,23 bilhões. As receitas das regiões EMEA e Grande China bateram US$ 3,25 bilhões e US$ 1,56 bilhão, respectivamente, em comparação com o consenso de estimativas de US$ 3,01 bilhões e US$ 1,74 bilhão.
A Nike também divulgou uma margem bruta de 45%, inferior aos 46,7% esperados. Os níveis dos inventários voltaram ao centro das atenções devido ao inchaço para -US$ 8,42 bilhões, um aumento de 23% na comparação anual e superior ao consenso das estimativas, de US$ 7,03 bilhões.
A varejista também anunciou um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 18 bilhões.
Alex Straton, analista do Morgan Stanley, afirmou que o trimestre foi "a redefinição que esperávamos", já que os investidores estavam se preparando para resultados difíceis. O analista reduziu o preço-alvo para US$ 149 por ação, queda em relação aos US$ 159 anteriores.
"A ação pode marcar o tempo no curto prazo após a movimentação pós-fechamento de hoje em relação às questões não resolvidas em andamento em relação à China. Mas a redefinição do LPA estimado para 2023 poderia posicionar a NKE para resultados superiores e aumentos ao longo do ano, o que poderia impulsionar as ações no 2º semestre de 20 23 e na sequência", disse Straton, em relatório aos clientes.
Brian Nagel, analista da Oppenheimer, disse que os resultados mostraram que as tendências subjacentes da Nike continuam sólidas.
"Embora as tendências recentes da Nike tenham se revelado mais instáveis e com mais perturbação do que o inicialmente esperado, acreditamos que os dados indicam de maneira clara que a demanda subjacente pelos produtos da empresa, em diferentes regiões de todo o mundo, permanece forte e que a NKE está cada vez mais bem posicionada para emergir do mal-estar macro atual como um operador ainda mais bem situado", Nagel escreveu em relatório.