Money Times - A decisão da construtora e incorporadora MRV (SA:MRVE3) de mudar os termos de aquisição da americana AHS Residential foi elogiada pelo BTG Pactual (SA:BPAC11). Em relatório divulgado a clientes, o banco afirmou que a nova proposta gerará “um resultado muito melhor para os acionistas da MRV.”
Assinado pelos analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, o texto destaca que o novo acordo elimina potenciais conflitos de interesse entre a família Menin e os minoritários da MRV, já que os Menin são donos tanto da empresa brasileira, quanto da AHS.
A nova proposta ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da MRV, em assembleia marcada para janeiro. Seus principais pontos são: a) saída completa da família Menin do quadro de acionistas diretos da AHS (atualmente, os Menin detêm 89,4% da empresa); b) em troca, a família receberá mais 37,3 milhões de ações da MRV, passando a possuir 37,8% da empresa brasileira.
Caso o acordo seja aprovado, a MRV controlará 89% da AHS, sem participação direta dos Menin no capital da incorporadora americana. Os demais 11% permanecerão distribuídos entre a direção da AHS e o fundo de investimentos Silverpeak.
Com o encaminhamento do negócio, o BTG Pactual reforçou sua recomendação de compra das ações da MRV, com preço-alvo de R$ 23 para os próximos 12 meses.
Os investidores, contudo, não parecem tão convencidos das vantagens do novo acordo. Na sexta-feira (27), quando a empresa divulgou a novidade, suas ações chegaram a subir 5%. Nesta segunda (30), porém, estão caindo mais que a média do pregão.
Por volta das 15h44, as ações recuavam 1,69%, cotadas em R$21,56. Já o Ibovespa caía 0,45%, para 116.005 pontos.