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Novatas na B3 sofrem com momento adverso no mercado

Publicado 18.08.2021, 09:32
Atualizado 18.08.2021, 09:35
© Reuters. REUTERS/Rahel Patrasso

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Os últimos pregões foram particularmente dolorosos para ações de empresas que estrearam na bolsa paulista neste ano, com a maioria trabalhando abaixo dos preços fixados nos respectivos IPOs, em meio a uma piora nos cenários político e fiscal no país e preocupações com o ritmo de crescimento mundial.

Gestores e estrategistas afirmam que o momento do mercado não favorece a manutenção de papéis com pouco histórico - boa parte divulgou apenas o seu primeiro ou segundo resultado publicamente - ou baixa liquidez em carteira. E isso não necessariamente tem a ver com a qualidade da companhia.

Mesmo que algumas das novatas sejam tidas como 'questionáveis' e que não tenham entregue o prometido nos roadshows das ofertas, a avaliação é de que há componentes conjunturais que são mais desfavoráveis a elas.

Um dos destaques negativos em agosto é a plataforma social para investidores TC (SA:TRAD3), que recua cerca de 40% no mês, tendo encerrado a terça-feira a 7,60 reais, abaixo do preço fixado no IPO no mês passado, de 9,50 reais. A correção se intensificou após prejuízo no segundo trimestre, divulgado na semana passada.

A prestadora de serviços em ambiente marinho Oceanpact (SA:OPCT3) contabiliza baixa em torno de 14% no mês, mas a queda frente ao preço do IPO em fevereiro ronda 65%. No fim de julho, as ações chegaram a cair 27% em apenas um pregão após anuncio de acordo trabalhista.

O diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, observa que há exceções, mas que investidores tendem a ficar mais ariscos em relação a essas empresas em momentos mais tensos no mercado dado o menor histórico, menor tempo de análise, o que ajuda a explicar a queda. "Há uma certa insegurança."

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Ele ressaltou, porém, que a bolsa como um todo está sofrendo, com várias companhias registrando quedas relevantes, o que é explicado pelo ambiente político, com iniciativas do governo federal com potencial efeito negativo no desempenho fiscal do país, além da tensão entre os poderes.

O cenário externo também tem endossado vendas, com o aumento de casos de Covid-19 em meio à disseminação da variante Delta, adicionando preocupações sobre a retomada econômica.

O sócio-fundador e presidente da empresa de serviços financeiros G5 Partners, Corrado Varoli, acrescentou que, com a queda dos juros, "veio um caminhão de dinheiro" buscando retorno com renda variável. "Algumas das que vieram a mercado não têm liquidez."

O Ibovespa, referência da bolsa brasileira acumula em agosto perda de 3,2%, sendo o pior desempenho registrado por Lojas Americanas PN (SA:LAME4), com recuo de quase 24%.

O índice Small Caps, por sua vez, cede mais de 8% no mês, com Méliuz (SA:CASH3), que estreou no ano passado, respondendo pela maior baixa, de cerca de 29%, a 48,01 reais - ainda assim bem acima do preço de seu IPO de novembro, quando saiu a 10 reais.

Na visão do gestor e sócio-fundador da Trígono Capital, Werner Roger, os preços de alguns IPOs eram em grande parte absurdos em relação ao real valor das empresas e, em especial, frente a empresas listadas. "Agora, depois de ajustes de 40% a 50%, começamos a garimpar", afirmou.

No caso das estreantes, nomes como o banco de investimentos BR Partners (SA:BRBI11) e o grupo hospitalar Mater Dei (SA:MATD3) resistem ao viés mais vendedor, com altas de 5,6% e 5,4%, respectivamente, em agosto, e desempenho forte também frente ao IPO - BR Partners sobe 58% e Mater Dei avança 12%.

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Mas o principal destaque positivo entre as novatas é a Vamos (SA:VAMO3), empresa de locação de caminhões e equipamentos, que mais do que dobrou o preço desde o IPO. A companhia, inclusive, anunciou neste mês desdobramento de ações de 1 para quatro. Em agosto, porém, perde cerca de 20%.

Paciência

Os reflexos desse movimentos em novas ofertas de ações ainda não está claro, segundo os gestores e estrategistas ouvidos pela Reuters, com o apetite futuro dependendo da recuperação do otimismo no mercado, de outra janela de oportunidade, que no momento está difícil de prever.

A avaliação majoritária é de que as companhias que estão na fila para listar suas ações na bolsa precisarão ter paciência e devem encontrar investidores mais exigentes e céticos, não só em relação às teses de investimentos como também com o valuation oferecido.

Apesar da volatilidade e dos problemas do Brasil, o estrategista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, avalia que, do ponto de vista das empresas, há ainda um ambiente favorável a IPOs, dado o cenário de liquidez elevada nos mercados externos.

Mas a efetivação de uma oferta, segundo ele, dependerá de a empresa aceitar o preço que o mercado quiser dar. Muitos IPOs recentes saíram no piso ou até abaixo da faixa estimada para a operação, o que sinaliza que investidores estão buscando desconto sobre o que está sendo mostrado no roadshow.

Da perspectiva dos investidores, em particular pessoas físicas, Komura reforçou que é muito importante que eles saibam bem o que estão comprando, analisem bem as empresas e o ambiente em que elas atuam.

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"Tem um ano bastante turbulento daqui para a frente", disse.

(Com reportagem adicional de Aluísio Alves)

Últimos comentários

td normal por aqui, renda variável meus caros! quem é inteligente, aproveita oportunidades!
Ibove vai chegar nós 114 não é vozes da minha cabeça é análise fundamental se segurem não entre em pânico eu estou até agora com 25 mil negativo 😭😭
25? Maravilha! Estou com 100.
A propósito,... onde andam as agências de risco, que antes do governo Bolsonaro assustavam quase que diariamente os investidores? Receberam um cala a boca do governo?
Que nada, não se assustem pessoal, semana que vem volta a subir. É o famoso movimento espanta sardinha
E isso mesmo, foi so falarem em taxar os dividendos mais a falta de estabilidade na economia os mais assustados saem mesmo tendo prejuizo, isso e oportunidade de aporte
ai piiii ouuuuu .... corretoras, ANAListas e safados se juntar tudo e bater no liquidificador nao dá meio copo safadagem e sacanagem
Essas empresas fazem ipo pra arrecadar dinheiro depois que vendem comeca aparecer os rolos delas cuidado madero unifique e varias outras que querem entrar
Madero pelo que fiquei sabendo, vai fazer IPO pra pagar dividas. Esse IPO ta na cara que é furada pra quem entrar nele.
dinheiro da sardinhada bem facil, e cheio de enfeite com a noiva linda no dia do casório.... IPO, Passado de Mulher e Cozinha de Restaurante se vc conhece vc nao come....
hahaha
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