Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da manhã desta quinta-feira, as ações da Oi (SA:OIBR3) operam com valorização, depois da companhia reportar prejuízo líquido maior do que o esperado no quarto trimestre de 2019. A empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016, divulgou prejuízo líquido trimestral de 2,3 bilhões de reais contra uma perda de 3,3 bilhões de reais no ano anterior, informou a empresa.
Desta forma, por volta das 12h00, as ON somavam 7,69% a R$ 0,56 e as PN 5,21% a R$ 1,01.
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Analistas esperavam, em média, prejuízo líquido de 1,1 bilhão de reais, mostraram dados da Refinitiv.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou dentro da previsão em R$ 1,3 bilhão, em comparação com o Ebitda negativo de R$ 4,2 bilhões no mesmo período do ano anterior.
A operadora reportou uma receita líquida de R$ 4,9 bilhões no trimestre encerrado em 31 de dezembro, queda de 8,4% em relação ao ano anterior, principalmente devido à queda na receita de telefones fixos, parcialmente compensada pela maior receita com redes móveis.
Enquanto isso, as despesas operacionais caíram 5,6%, para 3,8 bilhões de reais.
A Oi aumentou sua dívida líquida para R$ 15,9 bilhões, de R$ 14,7 bilhões no terceiro trimestre e R$ 11,8 bilhões em dezembro de 2019.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) mantém a posição positiva sobre ativo, pois vê a Oi como um papel estratégico para players locais e estrangeiros. Há duas semanas, a Oi confirmou que recebeu indicações de interesse por suas operações móveis.
Excluindo essa unidade de negócios, a Oi estaria operando um negócio de banda larga B2C FTTH quase nacional (Brasil, ex-São Paulo) e se tornaria uma provedora de capacidade de fibra no mercado atacadista. Imediatamente após a venda, teria receita de R$ 12 bilhões e EBITDA de cerca R$ 3 bilhões. Os acordos recentes mostram que as empresas de fibra de infraestrutura de telecomunicações podem negociar em múltiplos premium (7x a 10x EV/EBITDA).