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Oliveira quer novos termos para fazer oferta por unidade da Eletrobras no AM, dizem fontes

Publicado 18.10.2018, 13:04
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ELET3
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Por Rodrigo Viga Gaier e Roberto Samora

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Oliveira Energia, uma das empresas que adquiriu a distribuidora da Eletrobras (SA:ELET3) em Roraima, tem interesse em comprar também a unidade de distribuição da estatal no Amazonas, disseram duas fontes com conhecimento do assunto nesta quinta-feira.

Mas a Oliveira Energia avalia que, para o interesse no ativo se manter, seriam necessárias mudanças em alguns termos do edital do leilão após o Senado rejeitar nesta semana um projeto de lei que tratava da privatização de distribuidoras.

"Ficou confuso depois da decisão do Senado. Depende do cenário que vai vir do governo sobre mudanças nas regras. Estamos no aguardo. Precisaria ter mudança no edital do leilão, é o que deve acontecer", afirmou uma fonte próxima das negociações.

A fonte, que pediu para ficar no anonimato, acrescentou não ter conhecimento de que esteja em curso qualquer mudança no edital.

"Tem um grupo de investidores, do qual participa a Oliveira Energia, que está interessado. A recomendação é aguardar a clarear as condições", acrescentou a pessoa, que não detalhou quais mudanças seriam necessárias no edital.

O projeto de lei que tratava, entre outros assuntos, das distribuidoras, era importante para solucionar passivos das unidades da Eletrobras junto a fundos do setor elétrico. Como a unidade do Amazonas é a mais deficitária das distribuidoras, acumulando prejuízos bilionários, o PL era visto como fundamental para aumentar o interesse na unidade.

De acordo com uma segunda fonte próxima ao processo de venda da Amazonas, a aquisição pela Oliveira Energia "faria sentido" e traria sinergia aos negócios do grupo.

"Uma das interessadas é a Oliveira Energia", disse essa fonte, também na condição de sigilo.

A Oliveira Energia, que adquiriu em agosto a Boa Vista Energia em parceria com a Atem's Distribuidora de Petróleo, não comentou o assunto imediatamente.

Diante da demanda para mudar condições do leilão, após o Senado ter rejeitado o projeto, o governo estaria avaliando adiar o certame para novembro, disse a fonte.

O leilão da distribuidora do Amazonas está marcado para o próximo dia 25.

"Dessa forma, talvez tenha que adiar o leilão para novembro. Ainda não tem data definida", frisou a fonte.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que assessora o processo de privatização, disse em nota que até o momento não recebeu orientação do Ministério de Minas e Energia (coordenador do processo) que altere a realização do leilão da Amazonas Energia.

A fonte ainda negou que a não aprovação do projeto de lei traga insegurança jurídica para o leilão.

Se um adiamento ocorrer, o certame aconteceria após a definição do novo presidente da República.

"Não vejo risco (político para a realização do leilão, com um eventual adiamento), porque o processo está todo aprovado dentro da empresa (Eletrobras), e todos sabem que é o melhor caminho", avaliou.

"Não vender seria pior para todos, com risco até para o fornecimento na região."

O Ministério do Planejamento alertou nesta semana que, se a venda da distribuidora não ocorrer, o caminho natural é a dissolução da companhia, o que pode gerar custos de mais de 13 bilhões de reais para a Eletrobras.

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A Eletrobras já vendeu quatro distribuidoras neste ano. Além da unidade do Amazonas, falta vender a de Alagoas, cuja privatização está suspensa por uma decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) após ação do governo alagoano.

(Com reportagem adicional de Luciano Costa)

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