FRANKFURT (Reuters) - Pilotos da Lufthansa iniciaram uma paralisação nos lucrativos voos de longa distância da companhia aérea nesta quinta-feira, o segundo de três dias de ação de greve, buscando pressionar a administração numa disputa acerca de benefícios de aposentadoria antecipada e esforços de corte de custos.
A Lufthansa está tentando reduzir seus custos para níveis mais próximos dos de rivais. A companhia aérea está sendo pressionada pelas companhias aéreas de baixo custo Ryanair e easyJet em rotas europeias de curta distância e por companhias como a Turkish e a Emirates [EMIRA.UL] em voos longos.
A Lufthansa cancelou 84 dos 153 voos de longa distância planejados para esta quinta-feira, afetando 18 mil passageiros, disse um porta-voz.
Pilotos da unidade de voos de carga também estão em greve, mas a companhia alemã disse que foi capaz de executar todos os voos planejados usando pilotos voluntários ou alterando um pouco os horários.
Na quarta-feita, o sindicato de pilotos Vereinigung Cockpit (VC) anunciou que estendeu a greve até sexta-feira, desta vez em voos de curta e média distâncias na marca homônima do grupo.
Nenhum dos lados mostra qualquer sinal de que vai ceder, e observadores da indústria dizem que a disputa tem potencial de durar muito tempo.
Os pilotos dizem que a Lufthansa está tentando corroer as qualidades que a transformaram numa companhia aérea global de sucesso.
A Lufthansa respondeu dizendo que os pilotos estão danificando uma reputação que precisou de anos para ser construída.
(Por Victoria Bryan e Peter Maushagen)