Investing.com - A Fitch divulgou análise nesta quinta-feira indicando que a turbulência atual vivida pelo país é uma das principais ameaças para as empresas no decorrer do ano. O documento da agência de classificação de risco aponta o Brasil como uma exceção na América Latina que vive um quadro de melhora no crédito corporativo.
Segundo a agência, o ritmo de rebaixamentos em relação a elevações de rating deve continuar a ter tendência de queda, mas o tom mais otimista de alguns meses atrás começou a perder fôlego.
Na avaliação dos analistas da Fitch, o ambiente político nacional está bastante volátil, o que contribui para uma maior flutuação cambial. Além disso, a alta do preço do petróleo e a desaceleração da recuperação econômica reforçam o quadro de incertezas elevadas e devem afetar um impulso no grau de fluxo de caixa de operações durante os próximos três ou quatro trimestres.
Em fevereiro, assim que o governo “desistiu” e aprovar a reforma da Previdência, a Fitch rebaixou o rating do Brasil a "BB-" com perspectiva estável, citando a situação fiscal do país e o que chamou de "importante retrocesso" na agenda de reformas.
Com isso, o Brasil ficou ainda mais longe do chamado "grau de investimento", que classifica os países como bons pagadores.
"O rebaixamento do Brasil reflete seus persistentes e grandes déficits fiscais, alto e crescente peso da dívida pública e a falta de legislação sobre reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas", trouxe a Fitch em nota na ocasião do rebaixamento.
Com Reuters.