Investing.com - Com o objetivo de melhorar o custo atual de seus passivos, a Cemig (SA:CMIG4) Geração e Transmissão (Cemig GT) está perto de realizar uma operação para captar até R$ 3 bilhões no mercado brasileiro de dívida. De acordo com a edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do jornal O Estado de S.Paulo, os recursos podem ser utilizados para a recompra de parte, ou a totalidade, de US$ 1 bilhão de bônus que foram emitidos em 2017 e que vencem em 2024.
Ainda segundo a publicação, a companhia ainda está na fase de contratação dos bancos para a coordenação da oferta. Atualmente, a Cemig (SA:CMIG4) GT tem dívidas que totalizam R$ 5,7 bilhões e têm vencimentos em até cinco anos. A emissão de 2017 no exterior contava com juros de 9,50% ao ano, o que é considerado bastante elevado. No entanto, foram realizados quando a Cemig passava por condições financeiras adversas e ainda ruídos administrativos.
A coluna destaca que esses títulos são negociados no mercado secundário no exterior com uma taxa pouco acima de 5% e pagam juro anual de 9,250% aos investidores.
O jornal destaca que a operação a ser realizada passa pela emissão de debêntures de R$ 2 bilhões, que podem chegar a R$ 3 bilhões de acordo com a demanda. A intenção é que os prazos dos papéis três, quatro e cinco anos e meio, que atraem o maio interesse das assets. Todas as debêntures serão remuneradas a partir do CDI, o que significa que não haverá nenhum vencimento em debêntures de infraestrutura, remuneradas a partir das NTN-Bs.
Mesmo com as gestoras buscando ativamente papéis de crédito privado para diversificação de suas carteiras com o objetivo de garantir retorno aos fundos, a expectativa é de que a companhia capte a um custo superior ao da emissão feita em julho pela Cemig (SA:CMIG4) Distribuição, que levantou R$ 3,66 bilhões. Isso porque de lá para cá, com os novos cortes da taxa Selic, os investidores começaram a pedir mais prêmio, de modo geral, nas ofertas de debêntures, para compensar o menor retorno do CDI. Procurada, a Cemig não comentou.