Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - O pessimismo com o ambiente macro continua elevado, já que 73% dos investidores esperam que a economia mundial fique mais fraca nos próximos 12 meses, de acordo com uma pesquisa do Bank of America (NYSE:BAC) com gestores de fundos. Além disso, a expectativa de 77% dos investidores é que os lucros piorem nos mesmo período, uma leitura levemente melhor do que a registrada no mês passado.
A recessão continua sendo a visão consensual, com 77% dos participantes afirmando que é muito provável que esse evento aconteça, maior porcentagem desde a Covid em 2020, enquanto 92% dizem que a estagflação está chegando.
Com isso, os diretores-gerais de investimento estão pressionando os CEOs a melhorar os balanços (55%) e focar menos em dispêndio de capital (21%) e recompra de ações (17%).
“Recomendamos que os clientes reduzam exposição ao SPX a 41k,”, escreveu o estrategista-chefe de investimento do BofA em nota.
Em relação aos maiores riscos, os investidores citaram inflação (32%), geopolítica (18%), bancos centrais (18%) e recessão global profunda (18%).
Os investidores também esperam que o índice de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) fique abaixo de 4%, principal razão para uma mudança de postura do Fed. A expectativa é que a taxa básica de juros atinja o pico em torno de 5% no segundo semestre do ano que vem.
“Dois terços dos investidores esperam cortes de juros nas ‘grandes mínimas’ anteriores", acrescentou o estrategista.
A compra de dólar continua sendo a operação mais visada pelo quinto mês consecutivo, enquanto novembro também registrou uma enorme rotação de utilidade pública e tecnologia para indústria e bancos. As alocações em tecnologia estão em seu nível mais baixo desde 2006, sinalizando que o asset allocation ainda está bastante defensivo.
Por fim, os investidores preveem que o S&P 500 deve gerar um retorno de 6,1% por ano, o que implica que o índice precisa superar a marca de 5300 pontos em 2027.