Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) desaba mais de 4% nas primeiras horas de negociação desta terça-feira e renova as mínimas do ano com a pressão de baixa do petróleo e complicações no programa de desinvestimento.
A ação é negociada a R$ 13,80, depois de tocar a mínima de R$ 13,71, menor valor de negociação desde meados de novembro, durante as discussões sobre o acordo da Opep. A perda do piso de R$ 14,00, segundo o analista Victor Benndorf, abre espaço para um movimento de correção do papel.
O papel cede com a notícia de que o programa de desinvestimento da companhia poderá ser reiniciado por determinação do TCU, para desfazer irregularidades. O julgamento do processo no órgão poderá acontecer ainda hoje.
No pano de fundo está nova pressão de baixa do petróleo no mercado internacional, após relatório mostrar avanço na produção da Arábia Saudita. A commodity cede 2% nos EUA, vendida nos US$ 47,50/barril, no menor valor desde novembro, zerando os ganhos com o acordo entre o cartel e os grandes produtores. O Brent perde 1,5% e é negociado a US$ 50,60.
Em sua perspectiva mensal do mercado de petróleo, divulgada mais cedo, a Opep afirmou que seus membros produziram 31,95 milhões de barris por dia em fevereiro, queda de 139.500 por dia em comparação com janeiro. Entretanto, a Arábia Saudita aumentou a produção em 263.300 barris por dia para 10,011 milhões de barris por dia, revertendo cerca de um terço dos cortes feitos no mês anterior.
Na fim da próxima semana, o Kuwait deve organizar uma reunião ministerial em 26 de março incluindo membros e não-membros da OPEP para rever a conformidade com o acordo de produção e discutir se os cortes devem ser estendidos para além de junho.
Ainda hoje, o Instituto Americano de Petróleo deve divulgar seu relatório semanal de estoques às 17h30 e os dados oficiais da Administração de Informação de Energia (EIA) serão conhecidos amanhã, em meio a previsões de aumento dos estoques de petróleo em 3,2 milhões de barris.