Money Times - A área de refino da Petrobras (SA:PETR4), que terá 60% colocada à venda, vale em torno de US$ 30 bilhões, estima o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira. O analista Regis Cardoso lembra, contudo, que a vontade da estatal em se desfazer de tamanha fatia não será fácil.
“Além disso, os parceiros que desejam investir no mercado brasileiro de refino refletirão sobre muitos riscos. Nesse sentido, acreditamos que o modelo preliminar de parceria proposto pela Petrobras atende de maneira eficiente os riscos importantes”, aponta o banco.
Ele ressalta que o risco de preço é mitigado pelas barreiras logísticas oferecidas nos clusters regionais, o acesso à logística é resolvido pela inclusão de ativos logísticos nos clusters e o risco de execução de investimentos é mitigado pela venda de ativos operacionais, em que é uma opcionalidade. “Portanto, acreditamos que o modelo proposto é adequado para atrair parceiros e maximizar valor”, avalia.
A proposta apresentada prevê parcerias em que o controle acionário e a operação de quatro refinarias (duas no Nordeste e duas no Sul) ficará com parceiros privados (60%), enquanto a Petrobras manterá 40% das unidades. As parcerias incluirão os ativos logísticos das refinarias, o que engloba 12 terminais terrestres e aquaviários.
A previsão é que as refinarias sejam oferecidas em blocos, Nordeste e Sul, e dois parceiros diferentes vão assumir o controle das unidades. No Nordeste, as unidades que podem ser privatizadas são a Refinaria Abreu e Lima e a Refinaria Landulpho Alves, que têm uma capacidade de processamento de 430 mil barris de petróleo por dia. No Sul, serão a Refinaria Presidente Getúlio Vargas e a Alberto Pasqualini, com uma capacidade de 416 mil barris por dia.
Por Money Times