SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) nunca mais terá 70 sondas de perfuração em operação ao mesmo tempo como no passado, afirmou nesta terça-feira o diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção & Tecnologia da petroleira estatal, Rudimar Lorenzatto.
A afirmação, em um momento em que a gestão da companhia tem anunciado um foco cada vez maior em projetos de exploração e produção em águas profundas, sinaliza que a empresa investirá menos até mesmo naquilo que considera ser o seu principal negócio: a produção de petróleo e gás.
A ideia, conforme a empresa tem defendido, é buscar maior eficiência para que possa alocar mais recursos em projetos de produção de petróleo com alta rentabilidade, enquanto vende diversos ativos considerados não essenciais.
"A Petrobras nunca mais vai ter 70 sondas, como no auge do pré-sal. Talvez o Brasil tenha", disse Lorenzatto, enquanto participava de mesa de debate em evento do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).
Questionado após o fim do evento sobre por que fez a afirmação, Lorenzatto disse que a petroleira não terá recursos para realizar perfurações nos elevados níveis que ocorreram no passado. "Os investimentos da Petrobras têm limite, antigamente a gente tinha muita perfuração junta, agora não", completou. "(Investimento) vai ter, mas não no nível de 70 sondas."
(Por Marta Nogueira)