RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) pagará 472 milhões de dólares no segundo trimestre a parceiras nas áreas de Lula, Sépia e Atapu, como resultado da assinatura de Acordos de Equalização de Gastos e Volumes (AEGVs), informou a petroleira nesta quarta-feira em fato relevante ao mercado.
O acerto é resultado de Acordos de Individualização da Produção (AIPs), ou unitização, de jazidas compartilhadas nos três ativos.
A unitização é necessária quando uma jazida de petróleo descoberta ultrapassa os limites do contrato para outra área, que pode pertencer ao governo ou então estar contratada por outro consórcio.
Ao serem aprovados pela agência reguladora ANP em 2019, os APIs de Lula, Sépia e Atapu definiram as participações proporcionais de cada uma das empresas nas jazidas compartilhadas, o que requer um reequilíbrio entre receitas e gastos incorridos por cada parte desde o início dos contratos.
Nesse contexto, a petroleira e suas sócias assinaram em 30 de abril os referidos AEGVs para equalização entre os gastos incorridos e a receita obtida com os volumes produzidos até a data da efetividade dos AIPs das jazidas compartilhadas de Lula, Sépia e Atapu, explicou a petroleira.
"Em decorrência do processo de equalização de gastos de volumes nas três jazidas, a Petrobras pagará às demais consorciadas e suas afiliadas o montante líquido aproximado de 472 milhões de dólares, ainda sujeito a atualização de taxa de câmbio e financeira até a data de liquidação, o que ocorrerá no segundo trimestre de 2020", afirmou.
A jazida compartilhada de Lula ocupa área contratada 100% pela Petrobras, outra região pertencente a Petrobras, Shell e Petrogal (da Galp ), além de área não licitada, que pertence à União.
Já a jazida de Atapu está em área contratada por um consórcio Petrobras, Shell, Total e Petrogal, outra área 100% da Petrobras e uma região também não contratada pela União.
No caso de Sépia, a jazida compartilhada está presente em contrato apenas da Petrobras e em outro que pertence a consórcio entre Petrobras e Petrogal.
(Por Marta Nogueira)