Investing.com – Com a repercussão da nova estratégia divulgada pela Petrobras (BVMF:PETR4), que deve substituir a paridade de preços de importação, ainda rondam incertezas sobre a periodicidade e um possível critério mais discricionário da companhia, principalmente se o petróleo subir rapidamente. No entanto, enquanto analistas do UBS BB veem riscos limitados, os do Itaú BBA acreditam que as novas diretrizes descartam cenários piores desenhados anteriormente pelo mercado.
Para o UBS BB, a Petrobras deve precificar os combustíveis entre uma faixa próxima da paridade de importação e do valor marginal da empresa, o que ainda não está claro. Conforme apontam os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, seguem os riscos de que as margens possam ser comprimidas se houver uma valorização rápida das cotações do petróleo, com maior flexibilidade de preços em relação à política anterior.
“Enquanto o macro permanecer sob controle, vemos riscos limitados”. No entanto, se o petróleo subir e o câmbio se deteriorar, a flexibilização da política pode resultar em pressão nas margens. O UBS BB indica a venda dos papéis da Petrobras, com preço-alvo de R$20,00 para as ações preferenciais.
Esse é o fim da política de preços como é conhecida hoje, no entendimento do Itaú BBA. Mas, ainda que o anúncio não traga muita clareza sobre os parâmetros e a periodicidade dos ajustes, os analistas avaliam que a nova estratégia “descarta os piores cenários”.
“Nos últimos meses, apontamos que uma possível mudança na política de preços da empresa era um grande risco para nossa tese de investimento para a Petrobras, dados os impactos consideráveis que poderia resultar de uma mudança radical na política (especialmente se uma política de preços baseada no custo de produção fosse considerada)”, detalham Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello
O Itaú BBA possui classificação market perform para as ações, com preço-alvo de R$27 para os papéis preferenciais e US$10,20 para ADRs listadas nos Estados Unidos.
Às 16h15 (de Brasília), as ações preferenciais da Petrobras recuavam 2,02% , a R$25,77.
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