Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) zerou os ganhos da abertura e retornou para o terreno negativo no início da tarde desta sexta-feira. Mais cedo, a ação subiu impulsionada pela liberação do programa de desinvestimento pela Justiça.
O papel preferencial é negociado a R$ 14,49, um centavo abaixo do fechamento de ontem a R$ 14,50. Logo após a abertura a ação avançou até alcançar os R$ 14,88 (+2,6%), maior valor desde terça-feira.
O otimismo da abertura foi provocado pela decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª região de suspender a liminar que impedia a venda de 90% da participação da Nova Transportadora do Sudeste para a Brookfield. A operação envolve o pagamento de US$ 5,19 bilhões.
A semana tem sido negativa para a ação da Petrobras com a pressão do petróleo no mercado internacional, que alcançou a mínima de 2017 em meio ao estoque recorde nos EUA.
O petróleo cedeu até os US$ 48,59 nos EUA, no menor valor em quatro meses, com os seguidos aumentos nos estoques dos EUA. Nesta semana, a reserva privada de petróleo avançou 8,2 milhões de barris e alcançou o volume recorde de 528,4 milhões de barris.
Foi a nona consecutiva de aumento dos estoques norte-americanos, aumentando os receios de um excesso global.
Com a queda abaixo dos US$ 50, o petróleo rompeu uma margem de US$ 5 em torno dos US$ 55/b que tem flutuado nos últimos três meses. O equilíbrio reflete os sentimentos nos mercados de petróleo entre esperanças de que o excedente possa ser reduzido por cortes na produção anunciados pelos principais produtores mundiais e expectativas de uma recuperação na produção dos EUA de shale.
O Kuwait deve organizar uma reunião ministerial em 26 de março incluindo membros e não-membros da OPEP para rever a conformidade com o acordo de produção, a segunda reunião do tipo desde que o pacto foi selado.
Ministros do petróleo da Arábia Saudita, Rússia, Kuwait, Omã, Argélia e Venezuela participarão da reunião junto com o secretário geral da OPEP.