Os contratos futuros de petróleo subiram nesta quinta-feira, 18, ainda apoiados pelo forte recuo nos estoques dos Estados Unidos na última semana, revelado ontem pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sinalizou o desejo de manter a Rússia no acordo da Opep+ que tem garantido aumento apenas gradual na oferta. Nesse quadro, mesmo o dólar forte não impediu os ganhos da commodity.
O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em alta de 2,76% (US$ 2,42), a US$ 90,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 3,14% (US$ 2,94), a US$ 96,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A Oanda afirma que o petróleo era apoiado hoje por alguns dados positivos dos Estados Unidos, que impulsionaram o otimismo sobre a demanda. Para a Oanda, a economia americana "ainda parece boa" e o quadro na China pode melhorar em breve. Além disso, ela também citava, em relatório a clientes, a influência do dado de ontem do DoE, com queda forte nos estoques.
Na agenda de indicadores americana, os pedidos de auxílio-desemprego caíram 2 mil na semana, a 250 mil, ante previsão de 260 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Já as vendas de moradias usadas recuaram 5,9% em julho ante o mês anterior, no sexto recuo consecutivo do dado, mas um pouco abaixo do esperado por analistas.
O TD Securities diz ainda que operadores do setor de energia estão se mostrando "mais céticos". Sem um acordo com o Irã anunciado até agora, começam a ser considerados quadros de mais riscos à oferta de energia. O banco de investimentos afirma que um acordo com Teerã imporia pressão de baixa sobre os preços, mas também vê "o tempo passando" para que possa ou não se produzir um acordo sobre o programa nuclear iraniano que, na prática, permitiria que o país exportasse mais petróleo nos mercados globais.