Os preços dos contratos futuros de petróleo recuaram nesta terça-feira, 16, e fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Investidores observaram preocupados as incertezas com relação à vacinação contra a covid-19 na Europa, que já anda a passos lentos e recentemente sofreu um novo golpe com diversos países do continente suspendendo o uso da vacina fabricada pela AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34). O episódio coloca em xeque a recuperação acelerada da demanda pela commodity energética em 2021.
O petróleo WTI com entrega para abril fechou em queda de 0,90% (US$ 0,59), cotado a US$ 64,80 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para maio recuou 0,71% (US$ 0,49), aos US$ 68,39 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A exemplo da sessão passada, gargalos na vacinação contra o novo coronavírus na Europa pressionaram o petróleo hoje. O foco do mercado está na suspensão da imunização com a vacina da AstraZeneca, diante da possibilidade de efeito colateral do produto. "Dado que os novos casos de coronavírus aumentaram significativamente há alguns dias na Europa, há dúvidas crescentes sobre se a demanda de petróleo irá de fato se recuperar tão fortemente quanto o esperado, pelo menos no segundo trimestre", diz o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch, em relatório a clientes.
Também contribuiu para o recuo do petróleo hoje relatos de que o Irã poderá ampliar sua produção da commodity energética para suprir a alta da demanda chinesa. Segundo o estrategista chefe global da Axi, Stephen Innes, em comentários à Dow Jones Newswires, há "indicações de que o país vai dobrar sua produção em março ante fevereiro, para 856 mil barris por dia".
Agora, o mercado fica atento à estimativa dos estoques de petróleo do American Petroleum Institute (API), a ser divulgada no fim da tarde desta terça-feira, além da divulgação do relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), que sairá na manhã de quarta-feira.
*Com informações de Dow Jones Newswires