Londres, 4 abr (EFE).- O presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, afirmou nesta quinta-feira em Londres que as reformas que promovidas pela Espanha nos últimos meses aumentaram a confiança dos investidores estrangeiros na economia do país.
Em entrevista coletiva antes de apresentar, junto com o economista José Manuel Campa o relatório "Espanha, país de oportunidades" do Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC), Sánchez Galán ressaltou a efetividade das reformas do setor financeiro e do mercado de trabalho.
"Com a mudança de estrutura produtiva e a ênfase que está sendo dada às exportações, podemos começar a pensar que o ano que vem já pode ser um ano de crescimento", disse o presidente da quinta maior companhia elétrica do mundo.
Depois de se reunir com representantes de fundos de investimento nesta manhã em Londres, Sánchez Galán declarou que os indicadores analisados pelas companhias do CEC permitem antecipar que a economia espanhola estará no final de ano "em um nível claramente positivo".
"A Espanha é hoje capaz de acessar os mercados em condições muito melhores do que as de um ano atrás", ressaltou o presidente da Iberdrola no Guildhall, no coração financeiro da capital britânica.
Segundo Sánchez Galán, a reforma do sistema financeiro teve um papel "muito importante" nessa "mudança de tendência que a Espanha experimentou nos últimos 12 meses".
A reforma laboral também é, para o presidente da Iberdrola, um dos fatores que explicam essa mudança, pois, segundo sua opinião, "permitiu que a Espanha melhore substancialmente sua produtividade".
"Há empresas em diversos setores, como a automobilística, que estão fechando fábricas em outros países europeus para focar sua produção na Espanha", afirmou Sánchez Galán, para quem "isso ocorre devido a uma maior competitividade da mão-de-obra espanhola".
O dirigente da companhia elétrica disse que durante o último ano foi mudado o modelo produtivo que estava baseado na construção, um setor que acumulava três vezes mais peso no PIB que a média dos países vizinhos, e que passou a estar "praticamente em níveis europeus".
"Agora, quase 75% do tecido produtivo é de empresas de alto conteúdo tecnológico. Isso, junto com as reformas, permitiu registrar um grande aumento da competitividade e as exportações", afirmou Sánchez Galán. EFE
gx/id