O presidente da Petrobras (SA:PETR4), general Joaquim Silva e Luna, descartou qualquer risco de desabastecimento de derivados de petróleo no País, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Questionado sobre as refinarias que estão sendo vendidas, ele afirmou que a Petrobras monitora todas as unidades que estão à venda e não há qualquer problema na produção.
A estatal colocou oito das suas treze refinarias à venda e até o momento conseguiu vender apenas três.
Segundo Luna, a refinaria de Mataripe, na Bahia, vendida para o fundo de investimentos Mubadala, está com fator de utilização de 91%, mesma média das outras refinarias da Petrobras no momento, e não 60%, como foi questionado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).
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Reajustes
O presidente da Petrobras afirmou que a empresa está há 30 dias sem reajustar os combustíveis e que analisa se fará um reajuste para baixo, mas que nada está decidido. Durante a sessão na CAE, os senadores sugeriram a criação de um fundo estabilizador para reduzir a volatilidade do preço dos combustíveis no mercado brasileiro, sugerindo o uso dos dividendos da empresa, enquanto outros parlamentares defendem a taxação das exportações do petróleo. Luna, porém, alertou que a estatal não é a instância correta para essa cobrança, já que se trata de política pública. "A Petrobras contribuiu, mas é um tema que cabe ao Ministério da Economia e ao Congresso, mas é uma solução interessante em um momento de dificuldade", disse Luna sobre a possível criação do fundo para estabilizar os preços.
Gás natural
O fim dos contratos de gás natural estão levando a Petrobras a negociar com distribuidores, informou o presidente da Petrobras. Ele descartou qualquer conflito no processo.
Segundo o general, nos últimos seis meses o gás natural subiu 600% no mercado internacional, em um momento em que a estatal está renovando os contratos sob a Nova Lei do Gás, aprovada em março deste ano.
Luna afirmou que a revisão dos contratos está ocorrendo sem desentendimentos e que o Ministério de Minas e Energia (MME) está acompanhando essas negociações. "Existem contratos em relação ao gás natural que estão sendo encerrados, mas não há desentendimentos. O MME tem acompanhado esse processo conosco para chegar a uma solução sem nenhum conflito", afirmou, ao ser questionado por parlamentares.