Por Martinne Geller
(Reuters) - O presidente-executivo da Unilever (LON:ULVR), Paul Polman, defendeu seu equilíbrio do crescimento e da margem, ao fazer considerações passionais em um debate gerado pela oferta não solicitada da Kraft-Heinz este ano e dados do terceiro trimestre fracos.
Pressionado para mostrar que pode acelerar os retornos como uma companhia independente após rejeitar a oferta de 143 bilhões de dólares da Kraft-Heinz, a fabricante do sabonete Dove e do sorvete Magnum comprometeu-se em abril a elevar sua margem operacional para 20 por cento em 2020. Investidores aplaudiram a meta, mas alguns analistas se preocuparam que o marketing seria reduzido, o que pode afetar o crescimento das vendas no longo prazo.
Uma desaceleração surpreendente no terceiro trimestre alimentou estes temores.
Na noite de quinta-feira, em um encontro com investidores que durou dois dias em Nova Jersey, Polman ressaltou que a Unilever não está fazendo nada que possa prejudicar o crescimento do volume.
Polman disse que a redução dos gastos totais com marketing se deveram a medidas de eficiência e criticou os acionistas por pressionarem por margens, para então mudarem de tom.
Os preços das ações da Unilever permanecem 24 por cento mais altos ante o período anterior à abordagem da Kraft, mas recuaram mais de 8 por cento desde os resultados no mês passado.
Polman, que está no cargo principal há quase nove anos, também reconheceu o eventual fim de seu mandato na quinta-feira, uma semana após a britânica Sky News ter noticiado que a Unilever contratou uma companhia de recrutamento de executivos para encontrar um sucessor para ele.
(Por Martinne Geller)