Por Ankit Ajmera
(Reuters) - As principais montadoras norte-americanas de veículos registraram vendas mais fortes em junho, impulsionadas por veículos utilitários esportivos e picapes, mas os fabricantes por enquanto se preocupam com a alta nos preços dos combustíveis, das taxas de juros e com tensões comerciais.
Investidores venderam ações de General Motors (NYSE:GM), Ford e Fiat Chrysler durante o mês passado. As crescentes tensões entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais e as ameaças de tarifas de importação sobre automóveis chacoalharam o setor, aumentando as preocupações de que a recuperação de nove anos da indústria automotiva norte-americana em relação à crise financeira de 2008 pode terminar em breve.
De fato, junho foi um mês sólido para a demanda de veículos nos Estados Unidos e, especialmente, para os utilitários esportivos e grandes caminhonetes que geram a maior parte dos lucros globais para as três maiores montadoras dos EUA.
Economistas, segundo uma pesquisa da Reuters, esperavam vendas anualizadas de 17 milhões de veículos para a indústria automotiva norte-americana em junho ante um recorde de 17,5 milhões de 2016.
A General Motors, que parou de divulgar números mensais em abril, disse que suas vendas subiram 4,6 por cento, para 758.376 veículos no trimestre encerrado em 30 de junho, impulsionadas pelas fortes vendas de picapes e uma onda de novos crossovers.
A Ford, segunda maior montadora norte-americana, informou que vendeu 230.635 veículos em junho ante 227.979 um ano antes. As vendas de utilitários esportivos da marca cresceram 8,1 por cento, para 77.453 veículos, um recorde para o mês, disse a montadora.
A Ford informou ainda que suas picapes F-series, a linha de modelos mais vendida no mercado dos EUA, estão no caminho certo para superar o recorde anual anterior de 939.511 veículos vendidos em 2004.
A Fiat Chrysler disse que as vendas de junho nos EUA subiram cerca de 8 por cento, para 202.264 veículos, lideradas pela marca Jeep, que atingiu seu melhor desempenho em junho, com um aumento de 19 por cento.
Ainda assim, muitos analistas estão prevendo vendas mais fracas para o segundo semestre e novas quedas na demanda nos EUA no próximo ano.
A Cox Automotive prevê que as vendas de carros e comerciais leves dos EUA caiam para 16,8 milhões de veículos este ano e recuem para 16,5 milhões em 2020.
(Por Ankit Ajmera)