Por Max Hunder e Jonathan Landay e Stefaniia Bern
KIEV (Reuters) - A maior operadora de rede móvel da Ucrânia foi atingida nesta terça-feira pelo que parece ser o maior ataque cibernético da guerra com a Rússia até agora, interrompendo os serviços de telefonia celular e de internet para milhões de pessoas, além do sistema de alerta de ataques aéreos em partes da região de Kiev.
A Kyivstar tem 24,3 milhões de assinantes móveis -- mais da metade da população da Ucrânia -- assim como mais de 1,1 milhão de assinantes domésticos de internet.
Seu CEO, Oleksandr Komarov, disse que o ataque foi “resultado” da guerra com a Rússia, embora não tenha dito qual órgão russo ele acredita ser o responsável. Segundo ele, a infraestrutura de TI da empresa foi “parcialmente destruída”.
"A guerra também está acontecendo no ciberespaço. Infelizmente, fomos atingidos como resultado desta guerra", disse Komarov em transmissão nacional de TV.
“(O ataque) danificou significativamente (nossa) infraestrutura, acesso limitado, não conseguimos combatê-lo no nível virtual, então fechamos fisicamente o Kyivstar para limitar o acesso do inimigo”, disse.
A agência de inteligência ucraniana SBU disse à Reuters que uma das possibilidades que estava investigando era a de um ataque cibernético conduzido pelos serviços de segurança russos.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Kyivstar divulgou mais tarde um comunicado no Facebook (NASDAQ:META) dizendo que havia restaurado alguns serviços e esperava que todas as suas operações voltassem ao normal na quarta-feira. Os serviços seriam restaurados gradualmente, disse.
(Reportagem de Max Hunder, Tom Balmforth e Stefaniia Bern em Kiev, Yuliia Dysa em Gdansk, Jonathan Landay e Christopher Bing em Washington DC)