RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) piorou suas estimativas para 2015 e agora espera uma queda de 5,5 por cento no Produto Interno Bruto do setor este ano, ante uma previsão anterior de desempenho entre estabilidade e alta de 0,5 por cento.
A mudança na projeção ocorreu depois da divulgação do desempenho do PIB do país no ano passado, que cresceu apenas 0,1 por cento, mostrando o pior desempenho para os investimentos em 15 anos.
O Sinduscon-SP previa queda de 2 por cento no emprego na indústria da construção para 2015, com declínio de 1,5 por cento na produção de insumos do setor e queda no comércio desses materiais. Agora a entidade espera queda de mais de 10 por cento no nível de empregos do setor este ano.
Apenas no primeiro bimestre, a indústria acumula saldo negativo de 42 mil empregos e para o presidente do sindicato, José Romeu Ferraz, deve haver cortes de mais 300 mil postos até o final do ano. O setor encerrou dezembro de 2014 com 3,285 milhões de postos de trabalho.
"A queda (nos empregos) tem atingido todos os segmentos", afirmou ele.
As vendas de materiais de construção despencaram cerca de 14 por cento no primeiro bimestre sobre o mesmo período do ano passado, informou mais cedo nesta semana a associação que representa o setor, Abramat, que também pode cortar suas projeções para o ano a partir dos resultados de março.
(Por Juliana Schincariol)