Por Dhirendra Tripathi e Ana Julia Mezzadri
Investing.com -- As ações dos EUA caíram após os dados demonstrando a inflação em agosto agindo de maneira mais branda que o esperado, o que desencadeou uma onda nova das preocupações sobre a resposta do Federal Reserve .
No Brasil, o Ibovespa seguiu Nova York e terminou o dia em baixa.
Os dirigentes do banco central dos EUA se reúnem na próxima semana e devem discutir o início do movimento de tapering - quando o banco começará a reduzir suas gigantescas compras mensais de títulos, que ajudaram a suavizar o impacto econômico da pandemia no ano passado.
O início dessa decisão vem causando um mês agitado nos mercados, arrastando os investidores entre a euforia com o avanço da recuperação e o temor de que os bons tempos estão prestes a acabar.
O Departamento do Trabalho disse que os preços ao consumidor subiram no ritmo mais lento em seis meses em agosto. A medição de julho também apresentou uma leve desaceleração em relação ao mês anterior. Durante todo esse tempo, os dirigentes do Fed afirmavam acreditar que qualquer inflação oriunda da reabertura seria transitória.
No entanto, os preços aos consumidores para bens do dia a dia ainda estão elevados. E, na semana passada, tivemos valores ainda mais fortes na inflação dos preços ao produtor.
Aqui estão quatro coisas que podem afetar os mercados amanhã:
1. IBC-Br
No Brasil, o Banco Central irá divulgar o IBC-Br de julho, considerado uma prévia do PIB. A estimativa do mercado é que o índice registre alta de 5% na comparação mensal, e de 0,5% na base anual.
2. Produção industrial
Espera-se que o crescimento da produção industrial dos EUA tenha esfriado para 0,4% em agosto em relação a 0,9% em julho, de acordo com os analistas acompanhados pelo Investing.com. Os dados deverão ser divulgados às 10h15.
3. Estoques de petróleo dos EUA
Com mais uma tempestade atingindo a região da costa do Golfo esta semana, o petróleo tem estado em destaque. Os estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos devem ter sofrido uma redução duas vezes maior que o nível da semana anterior. Os analistas antecipam um consumo de 3,903 milhões de barris, depois de terem diminuído em 1,529 milhão de barris na semana anterior. A Energy Information Administration irá divulgar os dados às 11h30.
4. Estoques de gasolina
Os estoques de gasolina também devem ter sofrido uma redução, mas o ritmo da queda provavelmente desacelerou de forma considerável. Os analistas acompanhados pelo Investing.com esperam um consumo de 1,967 milhão de barris para a semana, em comparação com o consumo maior de 7,215 milhões de barris um semana antes.