Por Mike Scarcella
(Reuters) - Mais de 1.000 ex-lutadores de artes marciais do Ultimate Fighting Championship (UFC) poderão receber pagamentos que variam de 15.000 dólares a mais de 1 milhão de dólares em um acordo coletivo recentemente proposto no valor total de 375 milhões de dólares para encerrar alegações de que seus pagamentos por lutas foram suprimidos.
A empresa controladora do UFC, a TKO Group Holdings, parte do Endeavor Group, foi acusada na ação judicial que já tramita há uma década em Nevada de suprimir artificialmente o valor pago aos lutadores. A proposta de acordo, apresentada ao tribunal na segunda-feira, estaria entre as maiores de todos os tempos no âmbito da lei antitruste dos EUA.
"Esse dinheiro realmente mudaria minha vida e a de outros membros da ação coletiva", disse Matt Brown, que participou de 15 lutas do UFC durante o período da ação, de 2010 a 2017. Brown está entre dezenas de lutadores que assinaram declarações apoiando o novo acordo.
A proposta de acordo marca a segunda vez que os advogados apresentam um texto para aprovação do juiz distrital dos EUA Richard Boulware II em Las Vegas.
Boulware rejeitou uma proposta anterior de 335 milhões de dólares que teria resolvido duas ações judiciais relacionadas ao UFC. O tribunal disse que o valor dedicado aos lutadores era muito pequeno.
Os membros da ação coletiva receberiam cerca de 250.000 dólares em média como parte do acordo, segundo os documentos do tribunal. Cerca de 35 membros da classe poderão receber mais de 1 milhão de dólares. O texto do acordo diz que cerca de 800 lutadores receberiam mais de 50.000 dólares.
O UFC negou qualquer irregularidade. A entidade disse que era "do melhor interesse de todas as partes encerrar este litígio".
O acordo requer aprovação judicial e não resolve uma ação paralela de lutadores atuais do UFC que alegam ter direito a um pagamento maior. O UFC poderia enfrentar danos adicionais nesse processo.