Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A rede de varejo de material de construção Quero-Quero (SA:LJQQ3) atualizou o prospecto preliminar para sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o que abre caminho para a retomada dos planos da companhia, que foram suspensos devido à volatilidade nos mercado com a pandemia do coronavírus.
Controlada pela gestora norte-americana de fundos de private equity Advent International desde 2008, a Quero-Quero tem 346 lojas na região Sul do país.
A operação coordenada por BTG Pactual (SA:BPAC11), Bank of America, Itaú Unibanco, Banco Bradesco (SA:BBDC4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) consiste em ofertas primária (ações novas, cujos recursos vão para o caixa da empresa) e secundária (papéis detidos por atuais sócios).
No documento, a Quero-Quero diz que vai usar os recursos da oferta primária para abrir e reformar lojas, investir em centros de distribuição e reforçar o capital de giro.
Cerca de 30 empresas brasileiras que haviam pedido registro para IPO no começo do ano canceleram ou suspenderam seus planos após o cataclisma nos mercados provocado pela pandemia.
Com a recuperação parcial dos preços das ações e a queda do juro básico no Brasil e no exterior para perto de zero, com governos flexibilizando a política monetária para tentar aliviar os efeitos de uma recessão, algumas companhias retomaram o projeto de financiar o crescimento captando recursos no mercado.
A Allpark, dona da rede de estacionamentos Estapar, concluiu em maio seu IPO com uma oferta de ações de 345,3 milhões de reais.
A construtora You Inc (SA:YOUC3) e o Grupo de moda Soma também atualizaram os prospectos preliminares para suas ofertas.
No começo do mês, o Grupo SBF (SA:CNTO3), dono da rede de lojas de artigos esportivos Centauro e já listado, levantou 900 milhões de reais numa oferta com distribuição primária.