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(Reuters) - As ações da empresa de diagnósticos médicos Fleury (BVMF:FLRY3) subiam nesta segunda-feira após reportagem de que a empresa estaria em negociações com a rede de hospitais Rede D’Or (BVMF:RDOR3) para unificar seus negócios.
As ações da Fleury se valorizavam 15% a R$14,53 às 10h44, após ter ultrapassado R$15 na abertura do pregão, liderando o índice Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, que subia 0,5%.
O colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo, informou no domingo que as empresas estariam em negociações sobre uma possível combinação.
De acordo com a reportagem de Jardim, as discussões estariam ocorrendo entre a Rede D’Or e o Bradesco (BVMF:BBDC4), que é o maior acionista individual da Fleury.
No mesmo dia o Brazil Journal publicou uma reportagem, citando fontes familiarizadas com o assunto, que um possível acordo contemplaria uma oferta em dinheiro e ações.
Caio Moscardini, analista do banco Santander (BVMF:SANB11), disse que uma possível combinação entre os negócios faz sentido do ponto de vista estratégico.
"Ganhos de escala podem ser relevantes, considerando que ambas as empresas têm um alto custo de medicamentos e materiais (~21%+ da receita), e o G&A (despesas gerais e administrativas) do Fleury como percentual da receita é maior do que o da Rede D’Or", disse.
Contudo, Moscardini e equipe alertam que é pouco provável que uma eventual negociação ofereça grande prêmio para as ações da Fleury.
"Supondo que a Rede D’Or pague um prêmio de 20% em relação ao Fleury, isso implicaria que a Rede D’Or seria negociada com um prêmio de apenas 16% em relação ao Fleury, o que parece excessivamente baixo", acrescentou.
Ambas empresas negaram na segunda-feira que teriam alcançado acordo para unificar seus negócios, conforme fato relevante emitido por ambas.
A Rede D’Or disse que está permanentemente avaliando oportunidades de expansão de suas linhas de negócio, porém disse que não existe qualquer decisão, proposta ou documentos celebrados a respeito de eventual transação com a Fleury.
Já a Fleury informou que "não há qualquer decisão da sua administração, tampouco quaisquer compromissos ou documentos celebrados com a Rede D’Or, vinculantes ou não, tendo por objeto uma potencial operação".
(Por Michael Susin em Barcelona)