Por Ambar Warrick
Investing.com – A fabricante chinesa de automóveis Geely Automobile Holdings Ltd (HK:0175) anunciou, na quinta-feira (2), que firmou um acordo preliminar com a Saudi Aramco (TADAWUL:2222) para um investimento da petrolífera estatal saudita em uma possível joint venture com a Renault SA (EPA:RENA).
A Geely declarou que a empresa, a Aramco e a Renault assinaram uma carta de intenção não vinculativa para um possível investimento, no qual a Aramco poderia ter uma participação minoritária em uma joint venture estruturada entre a Renault e a montadora chinesa.
Além disso, as participações acionárias da Geely e da Renault seriam iguais no empreendimento. A carta de intenções tem prazo de exclusividade de três meses e expira em setembro.
A Geely já havia anunciado a intenção de formar uma joint venture com a Renault no final de 2022, visando construir e fornecer motores híbridos e à combustão. O empreendimento também pretende desenvolver motores à gasolina mais eficientes, em meio à maior conscientização global sobre as emissões, bem como à mudança estrutural para veículos elétricos.
A nova empresa seria uma fornecedora autônoma, com capacidade combinada de mais de cinco milhões de motores à combustão, híbridos e plug-in por ano, segundo um comunicado divulgado pelas companhias.
A Reuters informou em janeiro que as duas montadoras já estavam cortejando a Aramco como potencial investidora. O CEO da Renault, Luca de Meo, disse na quinta-feira (2) que o novo empreendimento pretende aproveitar a expertise da Aramco, a fim de desenvolver uma tecnologia "inovadora" em combustíveis sintéticos e de hidrogênio.
O empreendimento ocorre no momento em que a Renault passa por uma reestruturação, em que a pretende se concentrar principalmente em veículos elétricos, após incursões similares de concorrentes.
Para a Geely, o acordo representa sua segunda maior aliança com uma montadora europeia. A empresa já havia anunciado um acordo com a Mercedes-Benz para desenvolver motores híbridos à gasolina e também é acionista da montadora alemã.
As ações da Geely fecharam o último pregão em Hong Kong com uma queda de 1,35%.