Por Laurence Frost
BOULOGNE-BILLANCOURT, França (Reuters) - A montadora francesa Renault reportou vendas e lucro recorde em 2017, reforçando a posição do presidente-executivo, Carlos Ghosn, diante de demandas do governo por um plano de sucessão mais claro e maior integração com a parceira Nissan.
As ações da companhia avançavam nesta sexta-feira, depois que a Renault anunciou um aumento de 17 por cento no lucro operacional de 2017, para 3,854 bilhões de euros (4,84 bilhões de dólares), e de 17,7 por cento na receita anual, para 58,77 bilhões de euros.
O resultado superou as expectativas de analistas de lucro operacional de 3,65 bilhões de euros, com base na mediana de 14 projeções coletadas em levantamento da Reuters. Já a receita ficou ligeiramente abaixo do consenso de 59,25 bilhões de euros.
"Fomos surpreendidos positivamente pela qualidade do resultado", disse Arndt Ellinghorst, analista da Evercore, acrescentando que a redução do custo de produção mais que triplicou para 663 milhões de euros.
O lucro operacional da divisão automotiva, sem considerar o negócio recentemente consolidado AvtoVAZ na Rússia, cresceu 15,2por cento, para 363 milhões de euros.
A companhia elevou a proposta de distribuição de dividendos em 12,7 por cento, para 3,55 euros por ação, e prometeu manter sua margem operacional acima de 6 por cento em 2018, apesar do agravamento dos efeitos cambiais que reduziram em 303 milhões de euros o lucro anual.