Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) informou, nesta sexta-feira, que uma revisão intergovernamental conjunta do Boeing 737 MAX começará em 29 de abril e incluirá outros nove reguladores de aviação de todo o mundo.
A FAA anunciou no início deste mês que estava formando uma equipe internacional para revisar a segurança da aeronave, que foi proibida de voar em todo o mundo após dois acidentes nos últimos meses --na Indonésia em outubro e na Etiópia no mês passado-- que mataram quase 350 pessoas.
A Boeing anunciou uma atualização de software no 737 MAX para evitar que dados errados acionem um sistema anti-stall conhecido como MCAS, que está sendo analisado após os dois desastres. A empresa ainda não submeteu o software à FAA para aprovação formal.
China, Canadá, Brasil, Austrália, Japão, Indonésia, Cingapura, Emirados Árabes Unidos e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação participarão da revisão do 737 MAX, que deverá durar 90 dias, segundo a FAA. A maioria dos países já havia confirmado participação.
O grupo realizará uma revisão abrangente da certificação do sistema de controle de voo automatizado da aeronave.
O presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, disse na quarta-feira que a empresa está fazendo "progresso constante" no caminho para certificar uma atualização de software para o 737 MAX, e que fez o último voo de teste antes de um voo de certificação.
(Reportagem de David Shepardson)