Por Aditya Soni e Barbara Lewis
LONDRES (Reuters) - A mineradora Rio Tinto (LON:RIO) anunciou seu mais forte lucro para um primeiro semestre em cinco anos e um pagamento recorde de dividendos nesta quinta-feira, mas também admitiu problemas operacionais inaceitáveis, que disse estar buscando resolver.
Os lucros ajustados da companhia nos seis meses encerrados em 30 de junho subiram 11% na comparação anual, para 4,93 bilhões de dólares, pouco abaixo da estimativa de consenso compilada pela Vuma Financial, de 4,95 bilhões.
O minério de ferro, que teve desempenho acima de outros metais básicos no mercado de commodities neste ano, entregando maiores margens para as mineradoras mesmo com menores volumes de vendas. A commodity responde por mais de 60% dos ganhos da Rio.
A Rio disse que sua operação de minério de ferro de Pilbara, na Austrália, entregou uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 72%, ante uma margem Ebitda do grupo em geral de 47%.
A oferta de minério de ferro ficou apertada após o rompimento de uma barragem da brasileira Vale (SA:VALE3) em janeiro, que matou centenas de pessoas, e com um ciclone na Austrália.
A Rio elevou seu dividendo intermediário em 19%, para 151 centavos de dólar por ação. Ela também anunciou um dividendo especial de 1 bilhão de dólares, totalizando distribuição aos acionistas de 3,5 bilhões de dólares.
Neste ano, a empresa já distribuiu 7,8 bilhões de dólares aos acionistas, mantendo os investidores fiéis.
Mas a mineradora também enfrenta problemas que deveria ser mais capaz de controlar, incluindo custos excessivos e atrasos no gigantesco projeto de cobre do grupo na Mongólia, além de problemas operacionais que afetaram a produção dos principais ativos de minério de ferro de Pilbara.
O CEO da companhia, Jean-Sebastien Jacques, disse que a empresa está tomando medidas para enfrentar os desafios operacionais.
"Claramente não é aceitável. Temos um problema, mas estamos lidando com isso", disse ele em teleconferência.