SÃO PAULO (Reuters) - As fusões e aquisições no Brasil em 2016 cresceram quase 23 por cento sobre o ano anterior, com mais da metade do movimento oriundo do setor de óleo e gás e de eletricidade, mostrou nesta terça-feira um levantamento da Thomson Reuters.
A compra e venda anunciada de participações de empresas no país no ano passado somou 54,3 bilhões de dólares, volume financeiro 22,7 por cento maior do que um ano antes. Em número de operações, houve queda de 15,1 por cento, para 574 negócios.
O movimento representa uma recuperação ante 2015, quando as fusões anunciadas somaram 45,96 bilhões de dólares, menor valor em uma década e queda de 30 por cento ante 2014.
Por setores, o de energia (que inclui óleo e gás) e eletricidade respondeu por 53 por cento do volume financeiro envolvido nas operações.
Em destaque esteve a compra do controle da CPFL Energia (SA:CPFE3) pela chinesa State Grid por 7,7 bilhões de dólares. Outro destaque foi a venda, pela Petrobras (SA:PETR4), de 90 por cento da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para um grupo liderado pela canadense Brookfield, por 5,19 bilhões de dólares. Ambas operações foram anunciadas em setembro.
Dentre outras operações de maior vulto, o relatório destaca também a venda da Vale (SA:VALE5) Fertilizantes, da Vale, para a Mosaic, por 2,76 bilhões de dólares, em dezembro, e a compra da Estácio Participações (SA:ESTC3) pela Kroton (SA:KROT3), pelo equivalente a 1,8 bilhão de dólares, em junho.
No ranking de assessores por volume financeiro, o Santander Brasil (SA:SANB11), ficou em primeiro, seguido por Bradesco (SA:BBDC4), Itaú Unibanco (SA:ITUB4), JPMorgan e Bank of America Merril Lynch.
(Por Aluísio Alves)