PARIS (Reuters) - A absolvição de oito mulheres do grupo ativista Femen que fizeram um protesto na catedral parisiense de Notre Dame dois anos atrás foi mantida por um tribunal de apelação francês nesta quinta-feira.
As feministas se misturaram às hordas de visitantes enfileirados para entrar na igreja do século 12 despercebidas em 2013 –um dia depois da renúncia do papa Bento 16– e em seguida expuseram os torsos pintados com frases como "Chega de papa" e "Suma, homofóbico".
O caso contra as ativistas do Femen, algumas das quais foram estapeadas por católicos revoltados antes de serem retiradas da igreja por seguranças, havia sido apresentado com a justificativa de que elas degradaram um local de culto. Durante a manifestação elas ainda soaram os sinos da catedral com varas de madeira.
"Neste assunto, as verdadeiras vítimas foram as ativistas, que foram agredidas pelos seguranças de Notre Dame", disse uma delas, Elvire Charles, a repórteres. "Só estávamos exercitando nosso direito à liberdade de expressão".
A corte de Paris também confirmou a suspensão das multas impostas a dois membros da segurança da igreja e absolveu um terceiro.
Nove ativistas do Femen que participaram do protesto foram absolvidas por um tribunal francês em setembro de 2014. Uma delas morreu desde a primeira arbitragem da corte.
(Por Michel Rose)