Investing.com – O euro atingiu o nível mais baixo em duas semanas frente a um dólar mais forte nesta terça-feira, em meio à incerteza com o fato de que a Grécia será capaz de chegar a um acordo de resgate, nos próximos dias, ao passo que o dólar subiu impulsionado por maiores rendimentos do Tesouro e dados dos EUA otimistas.
EUR/USD atingiu baixas da sessão de 1,1136, o nível mais fraco desde 8 de junho, ficando em 1,1184, uma queda de 1,37% no dia.
O euro permanceu sob pressão após o otimismo inicial de que um acordo da dívida grega seria alcançado nesta semana deu lugar a um clima mais cauteloso.
Os ministros das Finanças da zona do euro devem realizar novas negociações sobre um acordo para evitar um default na quinta-feira, restando apenas 48 horas para que um acordo detalhado seja finalizado.
As novas propostas de reforma do governo grego induziram fortes críticas em casa nesta terça-feira, com governo e os membros do parlamento da oposição criticando o plano.
O euro apresentou forte queda em relação ao iene e à libra esterlina, com EUR/JPY recuando 0,99%, para 138,51, e EUR/GBP caindo 0,8%, para 0,7108.
O dólar foi impulsionado por maiores rendimentos do Tesouro dos EUA, uma vez que os investidores se concentraram mais uma vez na perspectiva de maiores taxas de juros neste ano.
O diretor do Banco Central dos EUA (Fed), Jerome Powell, disse que havia uma chance de 50-50 de um aumento das taxas na reunião do Fed de setembro e acrescentou que prevê um segundo aumento em dezembro.
Enquanto isso, dados dos EUA mostraram que as vendas de imóveis novos saltaram para uma alta de mais de sete anos em maio, reforçando as perspectivas para a economia.
O Departamento de Comércio informou que as vendas de imóveis novos subiram 2,2%, para uma taxa anual de 546.000 unidades, o maior nível desde fevereiro de 2008, em comparação com as expectativas de um ganho de 1,5% para 525.000.
Um relatório separado mostrando uma recuperação nos planos de investimento de negócios também impulsionou o dólar.
Os pedidos de bens de capital excluindo a defesa e a aviação, um indicador observado de perto sobre os planos de gastos de negócios, subiram 0,4% em maio, informou o Departamento de Comércio.
Os pedidos de bens duráveis, que incluem itens de transporte, caíram 1,8% no mês passado, uma vez que os efeitos de um dólar mais forte continuou pesando.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou em 95,35, uma alta de 1,03% para o dia.