Por Jorge Pineda
SANTO DOMINGO (Reuters) - Seis pessoas foram mortas a tiros em centros eleitorais após encerrada a votação para presidente da República Dominicana, afirmou o chefe da autoridade eleitoral nesta segunda-feira, colocando a culpa pelos confrontos nos atrasos provocados pela insistência de partidos na contagem manual de votos.
Roberto Rosario, que chefia a comissão eleitoral do país caribenho, afirmou que as tensões aumentaram nas horas posteriores ao fim da votação na noite de domingo, à medida que ativistas de diferentes partidos foram ficando cada vez mais frustrados com o ritmo lento da apuração.
"Seis mortes foram registradas depois do fechamento das urnas, seis dominicanos que morreram no processo de contagem. Ninguém liga para isso, mas nós ligamos, é o que nós não queríamos que ocorresse”, declarou ele à imprensa.
Antes das eleições, alguns partidos insistiram que os votos fossem contados manualmente, alegando medo de fraude. A comissão eleitoral queria, em vez disso, usar um sistema de contagem eletrônico para processar os resultados rapidamente.
"Nossa grande preocupação foi sempre a incerteza depois da votação”, disse Rosario.
Ele não deu os nomes das vítimas. A imprensa local relatou cinco mortes depois que os centros eleitorais fecharam às sete da noite no domingo. Uma outra morte a tiros foi relatada no domingo à tarde.
Os resultados finais ainda não foram anunciados, mas o presidente Danilo Medida deve conquistar a reeleição com uma boa vantagem. Os resultados parciais o mostram com 62 por cento dos votos, com 58 por cento dos votos apurados.