Por Manuel Mucari
MAPUTO (Reuters) - O partido governista Frelimo e seu candidato, Filipe Nyusi, venceram as eleições presidenciais e legislativas realizadas no dia 15 em Moçambique, de acordo com resultados provisórios anunciados nesta sexta-feira, com votos apurados em todas as províncias.
Os resultados completos iniciais da votação ainda terão de ser ratificados pelo Tribunal Constitucional antes de se tornarem definitivos e oficiais.
A contagem da Comissão Eleitoral Nacional apontou 57 por cento dos votos para Nyusi, da Frelimo, enquanto o candidato da Renamo, o ex-líder guerrilheiro Afonso Dhlakama, obteve pouco mais de 36 por cento e Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, cerca de 7 por cento.
A Frelimo, que governa Moçambique desde a independência, em 1975, também manteve sua maioria no Parlamento.
A Renamo, principal partido da oposição, e Dhlakama alegaram fraude generalizada e irregularidades nas eleições em Moçambique, ex-colônia portuguesa, na costa do Oceano Índico, no sul da África. Mas a votação foi amplamente aprovada pelos observadores internacionais.
Dhlakama perdeu todas as grandes eleição para o partido no poder desde o fim de uma guerra civil (1975-1992). Ele disse que vai contestar os resultados, mas descartou a possibilidade de violência, o que é reconfortante para os doadores de ajuda e investidores estrangeiros.
O governo de Moçambique espera que a receita obtida com a exploração de suas grandes jazidas de gás natural e com a mineração e exportação de carvão, ainda incipiente no país, ajude o país a superar a pobreza e a dependência da ajuda externa.
(Reportagem de Manuel Mucari; Reportagem de Pascal Fletcher)