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Investing.com – No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, aplicou tarifas de 25% sobre as exportações do México e do Canadá para os Estados Unidos, desencadeando uma turbulência no mercado que, até o momento, já soma perdas de aproximadamente US$ 1 trilhão nas negociações pre-market.
México e Canadá reagiram rapidamente com medidas retaliatórias sobre produtos importados dos EUA, colocando em risco a continuidade do Nafta, um dos maiores experimentos de livre comércio da história.
O economista e Prêmio Nobel Paul Krugman alertou:
"Basicamente, você está jogando areia nas engrenagens do comércio global e da manufatura."
Além disso, Trump ampliou a guerra comercial ao impor uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, intensificando as tensões iniciadas em 2020 durante seu governo anterior. O presidente também ameaça adotar medidas semelhantes contra a União Europeia nos próximos dias.
Para os consumidores dos EUA, as tarifas devem gerar pressão inflacionária, podendo alterar a trajetória de cortes de juros pelo Federal Reserve este ano. De fato, nossa ferramenta Monitor de Juros do Fed já precifica a manutenção dos juros nas próximas duas reuniões e reduz gradualmente a probabilidade de um corte em junho.
Os EUA atualmente importam cerca de US$ 466 bilhões do México e US$ 377 bilhões do Canadá, incluindo 75% das compras de petróleo canadense em 2024. Tarifas costumam ser pagas pelas empresas que adquirem os produtos, e não pelo país exportador, o que pode resultar em repasses de custos ao consumidor final para manter as margens de lucro.
As tarifas também devem afetar os lucros corporativos, principalmente devido ao aumento dos custos da cadeia de suprimentos e à necessidade de reorganizar redes de produção. A expectativa de menos cortes de juros e menor retorno sobre ativos empresariais impulsionou o dólar, enquanto o dólar canadense e o peso mexicano sofreram forte desvalorização.
É hora de entrar em pânico? O que fazer agora
Apesar do impacto global, essa nova fase da guerra comercial não deve ser encarada como um evento inesperado do tipo “cisne negro”, como a crise financeira global ou o crash da covid. Em vez de entrar em pânico, investidores devem ajustar suas carteiras considerando as novas relações de risco e retorno das empresas. Compreender os efeitos de longo prazo dessas mudanças pode ser mais relevante do que reagir imediatamente.
O Warren AI, avançada ferramenta de IA do Investing.com, semelhante a um “ChatGPT” especializado em mercados financeiros, pode ser um grande aliado nesse processo.
Perguntamos a ele como os investidores devem reagir neste momento, e aqui está sua resposta:
O que devo saber sobre meus investimentos diante das tarifas de Trump?
Fonte: WarrenAI
Também pedimos ao Warren uma indicação de setores para se posicionar ou evitar, diante das novas tarifas. Veja o que ele respondeu:
Fonte: WarrenAI
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Outra estratégia indicada é realocar parte do portfólio para mercados que possam se beneficiar dos custos mais altos no Canadá e nos EUA.
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Considerações finais
Ainda há muitas incertezas sobre o desdobramento das tarifas, mas o novo cenário de desglobalização exige um redesenho profundo das cadeias de suprimentos e das projeções de comércio global.
Independentemente de as tarifas serem revertidas ou ampliadas para outros países, o risco de maiores disrupções econômicas exige uma gestão de portfólio estratégica.
Diferente do mercado do ano passado, em que quase todos os investimentos tiveram boas chances de retorno, a criação de riqueza no longo prazo será um desafio maior, mas também mais recompensador para quem souber se adaptar.
Se você ainda investe baseado apenas em intuição, não ignore os sinais. Aprimore sua estratégia com as melhores ferramentas financeiras disponíveis antes que seja tarde demais.
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