Por Jody Godoy e Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um juiz dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que vai rejeitar processo de difamação de Sarah Palin contra o New York Times depois de concluir que o jornal não vinculou maliciosamente a ex-governadora do Alasca e candidata republicana a vice-presidente dos Estados Unidos em 2008 a um assassinato em massa.
Em uma reviravolta inesperada de um julgamento visto como um teste de proteções de longa data para a mídia norte-americana, o juiz distrital dos EUA em Manhattan Jed Rakoff afirmou que o processo de Palin será indeferido porque ela não conseguiu mostrar que o NYT agiu com "malícia real".
Mas o juiz disse que entrará com uma ordem formal de rejeição somente depois que os jurados, que começaram as deliberações na sexta-feira, chegarem ao seu próprio veredicto.
Rakoff afirmou prever que Palin apele e que o tribunal de apelações "se beneficiaria muito em saber como o júri decidiria".
A ação do juiz tira efetivamente o caso das mãos dos jurados em um julgamento que começou em 3 de fevereiro. Os jurados continuarão deliberando sem serem informados da ação do juiz.
Advogados do Times e de Palin não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Rakoff, indicado pelo ex-presidente democrata Bill Clinton, disse que "não estava totalmente feliz" com a rejeição, chamando o editorial original de "um exemplo de editorialização muito infeliz por parte do Times".
Mas o juiz continuou: "Meu trabalho é aplicar a lei. A lei aqui estabelece um padrão muito alto para a malícia real e, neste caso, o tribunal considera que esse padrão não foi cumprido".