Por David Shepardson
PEQUIM (Reuters) - A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, chegou em Pequim neste domingo para uma visita de quatro dias, com o objetivo de intensificar os laços comerciais entre as duas maiores economias do mundo, ao mesmo em que declara que as medidas norte-americanas de segurança comercial estão fora do debate. “Se você quiser colocar um título na viagem e na missão, é proteger o que precisamos e promover o que podemos”, disse Raimundo a jornalistas na sexta-feira, antes de embarcar. “Não farei rodeios quando estiver lá. Pretendo ser prática.” As relações entre os países estão tensionadas, em um momento no qual os EUA trabalham com seus aliados para interromper o acesso da China a semicondutores avançados, enquanto Pequim restringe cargas da fabricante de chips Micron Technology e multou a empresa norte-americana Mintz Group em 1,5 milhão de dólares por realizar “trabalho estatístico não autorizado”. Em sua chegada, Raimondo foi recebida por Lin Feng, autoridade do Ministério do Comércio, e fará reuniões bilaterais com autoridades chinesas na segunda e terça-feiras, em Pequim, antes de embarcar para Xangai. Ela será acompanhada pelo embaixador norte-americano no país, Nicholas Burns. Raimondo conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, na quinta-feira, e a mensagem do mandatário foi a de aumentar o diálogo com a China para aplacar as tensões entre os dois países. Os EUA estão têm usado incentivos governamentais e subsídios para desincentivar empresas norte-americanas a utilizarem a cadeia de suprimentos chinesa, além de aumentar a produção local de semicondutores.
(Reportagem de David Shepardson em Pequim; reportagem adicional de Michael Martina em Washington)