Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Ser Educacional faz acordo de R$ 3,8 bi por ativos da Laureate e ação

Publicado 15.09.2020, 04:34
Atualizado 15.09.2020, 07:52
© Reuters.  Ser Educacional faz acordo de R$ 3,8 bi por ativos da Laureate e ação

O grupo pernambucano Ser Educacional (SA:SEER3) fechou acordo com a Laureate para adquirir as universidades da empresa americana no Brasil, por R$ 3,8 bilhões. Mas esse pode não ser o fim dessa história: a Yduqs (SA:YDUQ3) (ex-Estácio), segunda maior empresa do setor no País, afirmou, em comunicado, que pretende competir pelos ativos. O vencedor da disputa deve ser definido por critérios de concorrência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Comandado pelo empresário Janguiê Diniz, o grupo Ser se comprometeu a pagar R$ 1,7 bilhão pelos ativos. O restante estaria dividido em dívidas e em troca de ações. Caso o acordo seja mesmo sacramentado, a Laureate passaria a deter 44% do capital do Ser e teria duas cadeiras no conselho de administração.

O mercado reagiu muito bem ao movimento do grupo pernambucano. Suas ações subiram mais de 10%, fechando o dia cotados a R$ 16,30. Caso a transação seja concluída, o Ser espera cumprir todos os trâmites até o fim de 2021.

A visão de analistas é de que o Ser teria enormes ganhos, tanto de escala quanto de rentabilidade com o negócio. "Se a transação for concluída, o Ser consolidaria sua posição entre os maiores grupos de educação superior privada no Brasil, mais que dobrando sua base", disseram, em relatório, os analistas Susana Salaru e Edgard Pinto de Souza, do Itaú BBA.

Juntando os dados de ambas as empresas no primeiro trimestre, o grupo teria 455 mil alunos (hoje, o Ser tem 188 mil). Seria o terceiro maior nome do segmento, atrás da Yduqs, com 633 mil alunos, e da Cogna (antiga Kroton (SA:COGN3)), com 921 mil.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Além disso, chegaria a 1.175 vagas em cursos de Medicina, os mais rentáveis da educação superior. Nessa área, as mensalidades são maiores e a taxa de evasão é menor - ponto fundamental em meio ao cenário de recessão que levou as empresas a abrirem mão da rentabilidade para segurarem as matrículas.

Juntando forças

Concentrado nas regiões Norte e Nordeste, o grupo Ser ganharia relevância no mercado paulista, de maior rentabilidade. Passaria a ser dono, por exemplo, da Universidade Anhembi Morumbi e do Centro Universitário FMU.

De acordo com a Laureate, o mercado brasileiro é o segundo maior para a companhia, com 267,4 mil alunos em junho. Só ficava atrás do mercado andino, com 323,2 mil alunos. Mas a base no Brasil caiu 13% na comparação anual, e as receitas, 40%.

Os efeitos da covid sobre o setor de educação são vistos como um incentivo para acelerar fusões. "Felizmente ou infelizmente, o mercado vai ter de se consolidar. Outros ativos ainda serão vistos com carinho", afirma Jorge Junqueira, sócio-gestor da Gauss Capital.

Briga acirrada

A Laureate deve ser alvo de disputa por sua relevância. A Yduqs prometeu ontem uma proposta "mais atraente" pelos ativos da americana, sem dar detalhes. "Esse movimento foi inesperado. Falamos com eles sobre o tema há um tempo, e eles foram os únicos que se mostraram negativos em relação a uma possível aquisição da Laureate", disse um analista, que pediu para não ser identificado.

O fiel da balança nessa disputa deve ser o Cade. O órgão rejeitou, por exemplo, a fusão entre Yduqs e Cogna, em 2017. À época, o Cade considerou que a sobreposição de mercado entre as duas companhias não seria resolvida pelas vendas de ativos em determinadas regiões.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

No caso da Laureate, o grupo Ser conseguiria aprovar a compra mais facilmente, na visão dos analistas, porque adquiriria ativos em regiões nas quais sua presença ainda é tímida. Para a Yduqs, que tem atuação distribuída por todas as regiões do País, a argumentação regulatória seria mais difícil. "O risco de Cade é um pouco maior para a Yduqs, em nossa análise", disse uma fonte ligada ao setor ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.