O grupo Simpar (SA:SIMH3), que controla empresas como JSL e Movida (SA:MOVI3), registrou lucro líquido recorde de R$ 391,8 milhões no segundo trimestre, alta de 186,4% na comparação anual. Assim como o resultado líquido, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também foi recorde de abril a junho, alcançando R$ 965 milhões, avanço de 105,1% sobre igual intervalo do ano passado. A margem Ebitda foi de 39,6% no segundo trimestre de 2021, aumento de 4,3 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
"Estamos inseridos em setores que prometem muito crescimento e, com um ritmo de aquisições bem forte, a retomada está acontecendo em velocidade rápida", afirmou ao Broadcast o CFO da Simpar, Denys Ferrez.
No segundo trimestre, a receita líquida do grupo atingiu R$ 3,14 bilhões, aumento de 43,3% sobre o mesmo período do ano passado. Do total reportado no período, R$ 2,43 bilhões foram provenientes de serviços e, o restante, de venda de ativos.
Ferrez observa que, diante da crise de oferta no setor automotivo, os preços dos veículos novos subiram, puxando os de usados. Neste cenário, as empresas do grupo vêm reportando boas margens no negócio de seminovos. Além disso, as controladas vêm conseguindo repassar aumentos de custos nos novos contratos, salienta o executivo.
O lucro operacional (Ebit) da Simpar foi de R$ 723,6 milhões no segundo trimestre, alta de 264,5% na comparação anual.
Endividamento
A Simpar encerrou o segundo trimestre com alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda de 3,3 vezes, ante 3,7 vezes no primeiro trimestre do ano. Segundo Ferrez, a companhia vem trabalhando na mudança de perfil da dívida para trazê-la mais próxima da meta do grupo, de 3 vezes. No segundo trimestre, o investimento (capex) líquido totalizou R$ 2,1 bilhões. De acordo com a Simpar, o capex acumulado até junho de 2021 já supera o registrado em todo o ano passado.