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Sindicato fará greve em mais unidades da GM e da Stellantis nos EUA; diz ter feito progressos com Ford

Publicado 22.09.2023, 12:31
© Reuters. Phaedra Grant, que trabalhou 24 anos na Ford, participa de protesto em apoio à greve do sindicato UAW em Louisville, no Kentucky
21/09/2023
REUTERS/Michael Swensen
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Por David Shepardson e Joseph White

DETROIT (Reuters) - O sindicato de trabalhadores do setor automotivo norte-americano United Auto Workers (UAW) ampliará suas greves contra as montadoras General Motors (NYSE:GM) e Stellantis (NYSE:STLA), controladora da Chrysler, mas fez progressos reais nas negociações com a Ford (NYSE:F) Motor, informou a entidade nesta sexta-feira.

O sindicato expandirá a paralisação contra os centros de distribuição de peças da GM e da Stellantis em todos os Estados Unidos, ampliando suas greves simultâneas e sem precedentes que começaram em uma fábrica de montagem de cada uma das três montadoras de Detroit.

O presidente do UAW, Shawn Fain, disse que, ao visar os centros de distribuição, o movimento transforma a greve em um evento nacional.

"Estaremos em todos os lugares, da Califórnia a Massachusetts, do Oregon à Flórida", disse Fain. "A Stellantis e a GM, em particular, precisarão de muita pressão".

Fain disse que o sindicato ainda tem trabalho a fazer na Ford, mas que reconhecia "que a Ford está mostrando que está levando a sério a possibilidade de chegar a um acordo".

O sindicato também convidará o presidente norte-americano, Joe Biden, para ir aos movimento. Biden tem se manifestado em apoio às demandas do sindicato por melhores salários e benefícios.

As ações da Ford subiam 3,7%, enquanto as ações da GM subiam 0,8%, com a última reduzindo os ganhos anteriores após a notícia. A GM não fez comentários de imediato. A Stellantis disse que a empresa continua a se reunir com o sindicato.

A Ford disse que continua a negociar, acrescentando que "temos mais trabalho pela frente antes de chegarmos a um acordo"

A greve mais ampla não incluirá, no momento, as fábricas que fabricam picapes altamente lucrativas, como a Chevy Silverado, da GM, e a Ram, da Stellantis.

Cerca de 12.700 trabalhadores abandonaram as fábricas no Missouri, Michigan e Ohio em 15 de setembro. Essas fábricas produzem o Ford Bronco, o Jeep Wrangler e o Chevrolet Colorado, além de outros modelos populares.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, foi questionada na quinta-feira se Biden planeja visitar os grevistas. Ela se recusou a responder, mas disse que "o fato de todas as partes continuarem na mesa de negociações é positivo. É importante que cheguemos a um acordo em que todos saiam ganhando"

A Casa Branca não fez comentários imediatos na sexta-feira.

Fain disse que as montadoras de Detroit não compartilharam seus enormes lucros com os trabalhadores, ao mesmo tempo em que enriqueceram executivos e investidores.

O presidente da GM, Mark Reuss, rejeitou essas alegações nesta semana, dizendo que a oferta atual ao sindicato será generosa e que os lucros da empresa foram reinvestidos na transição para veículos elétricos.

As montadoras propuseram aumentos de 20% em um período de quatro anos e meio, enquanto o UAW está buscando 40% de reajuste.

© Reuters. Phaedra Grant, que trabalhou 24 anos na Ford, participa de protesto em apoio à greve do sindicato UAW em Louisville, no Kentucky
21/09/2023
REUTERS/Michael Swensen

O sindicato também quer acabar com uma estrutura salarial escalonada que, segundo ele, criou uma grande lacuna entre os funcionários mais novos e os mais velhos.

A GM, a Ford e a Stellantis disseram que estão fazendo planos de contingência para novas paralisações de trabalho nos Estados Unidos.

(Reportagem adicional de Ben Klayman e Peter Henderson)

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