(Reuters) - O sindicato UAW, de trabalhadores do setor automotivo nos EUA, disse nesta segunda-feira que apresentou acusações de práticas trabalhistas injustas contra Honda (TYO:7267), Hyundai e Volkswagen (ETR:VOWG), citando campanhias antissindicais agressivas para dissuadir os trabalhadores de se organizarem.
O UAW disse no mês passado que estava iniciando um esforço inédito para organizar publicamente todo o setor automotivo não sindicalizado nos Estados Unidos, após conquistar novos contratos recordes com as três principais montadoras de Detroit.
Na semana passada, o sindicato afirmou que mais de mil trabalhadores da fábrica de montagem da Volkswagen em Chattanooga, no Tennessee, assinaram cartões de autorização sindical, o que representa mais de 30% dos trabalhadores.
O UAW apresentou queixas sobre as ações da Honda em Indiana, da Hyundai no Alabama e da Volkswagen no Tennessee.
Um trabalhador da Honda afirmou que a gerência ordenou ilegalmente que os trabalhadores retirassem adesivos sindicais de bonés, disse o UAW. A Hyundai realizou ilegalmente uma pesquisa entre os funcionários sobre seu apoio ao UAW e confiscou materiais sindicais, proibindo sua distribuição em áreas não relacionadas ao trabalho, acusou o sindicato.
Honda e Hyundai não comentaram imediatamente.
O UAW também disse que a VW ameaçou e coagiu funcionários "impedindo-os de exercer o direito de se envolver em atividades protegidas, proibindo os funcionários de discutir sobre sindicalização durante o horário de trabalho e restringindo a distribuição de materiais sindicais".
A Volkswagen disse nesta segunda-feira que "respeita o direito de nossos trabalhadores de determinar quem deve representar seus interesses no local de trabalho... Levamos a sério alegações como esta e investigaremos de acordo".
(Reportagem de David Shepardson)