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Investing.com – A recente recuperação das ações americanas, após a queda observada com o anúncio das tarifas do chamado “Dia da Libertação” promovido pelo presidente Donald Trump, não significa que o mercado tenha retomado plenamente seu ritmo anterior, segundo avaliação da Capital Economics.
Na segunda-feira, os principais índices de Wall Street encerraram o dia em alta: o S&P 500 e o Nasdaq Composite, este último fortemente concentrado em tecnologia, avançaram 0,5% e renovaram suas máximas históricas. Já o Dow Jones Industrial Average, composto por 30 ações de primeira linha, subiu 0,6%.
A melhora no humor foi atribuída à expectativa de redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve e à percepção de que as tensões comerciais podem ter arrefecido.
Esse movimento de recuperação ocorre após a forte correção do início de abril, desencadeada pelas tarifas generalizadas anunciadas por Trump, que impactaram diversas economias.
Em relatório enviado a clientes, o time liderado por Hubert de Barochez, da Capital Economics, destacou que, embora o cenário recente possa indicar estabilização, o desempenho das ações americanas ainda está aquém do observado em outros mercados ao longo de 2025.
Segundo os analistas, diversos segmentos da bolsa ainda não retomaram os patamares anteriores. O índice Russell 2000, que representa empresas de menor capitalização, segue cerca de 15% abaixo de sua máxima. Já o indicador das chamadas “7 Magníficas”, grupo formado por grandes empresas de tecnologia, permanece 3% distante do pico registrado em dezembro.
Eles também observaram que, apesar da recuperação dos lucros corporativos para níveis superiores aos de antes da correção de abril, as métricas de avaliação de mercado, como lucro por ação e múltiplos preço/lucro projetados para os próximos 12 meses, ainda não retornaram aos níveis anteriores.
“Esses dados indicam que os investidores estão demonstrando maior prudência em relação ao início do ano”, escreveram os analistas. “E compartilhamos dessa postura mais cautelosa.”
A equipe acrescentou que mantém uma visão menos entusiasmada para as ações no curto prazo, apontando que a instabilidade nas decisões políticas de Trump tende a limitar a velocidade de avanço do S&P 500, em comparação com o ritmo observado recentemente.