BENGHAZI, Líbia (Reuters) - Nove soldados líbios foram mortos nesta terça-feira na cidade de Benghazi, na Líbia, em um ataque suicida e em confrontos entre soldados e combatentes islâmicos, disseram fontes militares e médicas.
Forças leais ao governo internacionalmente reconhecido da Líbia estão em confronto com grupos islâmicos na segunda maior cidade do país desde o ano passado, parte de uma luta mais ampla desde que Muammar Gaddafi foi tirado do poder e morto em 2011.
Um suicida bateu um carro carregado de explosivos contra um grupo de soldados durante uma batalha de rua no centro da cidade, perto do porto mediterrâneo de Benghazi, matando três soldados e ferindo 11, disseram médicos.
Pouco tempo depois, combatentes islâmicos acusados pelo Exército de terem realizado o atentado atacaram tropas leais ao governo oficial na mesma região. Mais seis soldados foram mortos e 10 ficaram feridos nos combates, segundo médicos.
Confrontos entre combatentes islâmicos e as forças governamentais continuaram depois do anoitecer no centro de Benghazi.
Forças do Exército apoiadas por moradores armados reconquistaram algumas áreas em Benghazi que foram perdidas para brigadas islâmicas no ano passado, mas críticos dizem que o uso de aviões de guerra deixou partes da cidade em escombros, sem ganhar muitos territórios.
O confronto em Benghazi destaca o caos na Líbia, onde dois governos rivais buscam o controle. O primeiro-ministro oficial se refugiou no leste desde que a capital, Trípoli, foi tomada por um grupo rival que criou seu próprio governo.
(Reportagem de Ayman al-Warfalli)