Investing.com - O Super Bowl, a final do futebol americano, é um dos eventos esportivos mais assistidos do mundo. Mas será que ele também pode prever o comportamento do mercado de ações dos EUA? Mark Sherlock, gestor de renda variável americana da Federated Hermes (EPA:HRMS), analisa essa hipótese.
Segundo ele, existe uma teoria de que o resultado do Super Bowl indica se o mercado será altista ou baixista no ano seguinte. A teoria, proposta pelo jornalista esportivo Leonard Koppett em 1978, diz que se uma equipe da Conferência Americana (AFC) vencer, o mercado cairá. Se uma equipe da Conferência Nacional (NFC) vencer, o mercado subirá.
"O Super Bowl deste ano, em 11 de fevereiro, terá os Kansas City Chiefs da AFC contra os San Francisco 49ers da NFC. Então, pela teoria, os Chiefs trariam um mercado baixista e os 49ers, um mercado altista", resume Sherlock.
No entanto, o gestor afirma que essa teoria não tem base científica nem histórica. "Ela funcionou nos primeiros anos, mas depois falhou muitas vezes. Nas últimas 20 Super Bowls (de 2004 a 2023), ela acertou apenas seis vezes. Correlação não é causalidade. Nós vamos assistir ao jogo, mas não vamos nos basear nele para investir", diz o especialista.
Sherlock destaca que há outros fatores mais relevantes para o mercado de ações dos EUA em 2024, como o ano eleitoral, a economia, o Federal Reserve e os lucros das empresas. Ele diz que é otimista com as ações americanas, especialmente as de pequena e média capitalização, que costumam superar as de grande capitalização em anos eleitorais.
"Além disso, as empresas de pequena e média capitalização têm estimativas de lucros mais altas, avaliações mais baixas e maior diversificação do que as de grande capitalização, que foram dominadas pelos Sete Magníficos (as gigantes de tecnologia) em 2023. Acreditamos que 2024 será um ano de maior dispersão e oportunidades para uma cesta mais ampla de ações. Mas também há riscos de volatilidade, por isso é importante focar na qualidade para evitar surpresas negativas", conclui Sherlock.
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