Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Durante o fim de semana, o Brasil suspendeu as exportações de carne bovina para a China, após casos de “vaca louca” serem detectados. Ainda assim, Bruno Madruga, sócio e Head de Renda Variável da Monte Bravo, destaca que a medida é protocolar e não deve impactar as empresas do setor no longo prazo.
O Ministério da Agricultura confirmou no sábado (4) a ocorrência de dois casos atípicos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "vaca louca", em dois frigoríficos, um de Nova Canaã do Norte (MT) e outro em Belo Horizonte (MG). Um acordo entre Brasil e China estabelece que em situações como essa a exportação seja paralisada de forma momentânea para melhor avaliar o cenário.
Bruno explica que “casos atípicos são basicamente animais velhos em que a doença surge de forma espontânea” e que é algo que não cria muito desconforto para as empresas. “Seria uma coisa mais preocupante se fosse um contágio de rebanho, mas não é isso o que aconteceu, então não oferece um risco para o rebanho nacional”.
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A última vez em que essa suspensão protocolar foi acionada foi em 2019, quando a paralisação durou cerca de 15 dias, segundo Bruno. Ele destaca que a medida de agora também deve ser de curto prazo, por isso há uma recuperação nos preços do boi gordo e das ações de empresas de proteína.
Às 12h17, a JBS (SA:JBSS3) valorizava 2,32%, a R$ 31,82, a Marfrig (SA:MRFG3) subia 1,83%, a R$ 21,73, a Minerva (SA:BEEF3) avançava 3,59% a R$ 8,07. O Ibovespa recuava 0,35%.
Outra característica das empresas brasileiras que aliviam as preocupações do mercado é que as companhias possuem plantas em outros países. Assim, segundo o Bruno, as produções podem ser redirecionadas e vendidas para a China, substituindo as proteínas nacionais durante esse período e minimizando os impactos nos frigoríficos.