DAVOS, Suíça (Reuters) - A Syngenta, grupo suíço de pesticidas e sementes que será incorporado pela ChemChina, não espera que órgãos antitruste obriguem a companhia estatal chinesa a colocar sua subsidiária Adama à venda, disse o presidente da Syngenta nesta terça-feira.
"A Adama não precisará ser vendida. Terão medidas de correção tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia, mas não posso dar detalhes", disse Erik Fyrwald à Reuters paralelamente ao Fórum Econômico Mundial em Davos.
Revelando pela primeira vez detalhes sobre a atuação futura da Syngenta dentro da ChemChina, Fyrwald também disse que a Adama, fabricante de genéricos de pesticidas sem proteção de patentes sediada em Israel, não seria incorporada à Syngenta, permitindo ao grupo suíço focar em pesquisa de biotecnologia na China e em outros lugares.
As companhias estão trabalhando para finalizar acordos com reguladores nos Estados Unidos e na União Europeia sobre a fusão de 43 bilhões de dólares, que poderá ser a maior aquisição por uma empresa chinesa fora da China.
Fontes próximas ao assunto disseram à Reuters na última semana que a ChemChina e a Syngenta haviam proposto pequenas concessões para o órgão antitruste da UE, com uma fonte dizendo que era improvável que a Adama precisasse ser desinvestida.
A Comissão da UE recentemente estendeu sua revisão do acordo até 12 de abril e Fyrwald disse que estava "altamente otimista de que até lá, teremos feito progresso suficiente nos EUA e na UE para seguir adiante."
(Por Martinne Geller; texto de Ludwig Burger)