Taxas dos DIs caem com mercado à espera de paralisação do governo dos EUA

Publicado 30.09.2025, 16:51
Atualizado 30.09.2025, 16:56
© Reuters.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Em uma sessão sem gatilhos fortes para os ativos, as taxas dos DIs fecharam a terça-feira em leve queda no Brasil, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, onde investidores buscavam a segurança dos títulos antes de possível paralisação parcial do governo dos EUA.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,365%, ante o ajuste de 13,377% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2029 marcava 13,24%, em baixa de 3 pontos-base ante o ajuste de 13,272%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2030 estava em 13,34%, ante 13,384% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,53%, em queda de 2 pontos-base ante 13,551%.

Desde o início do dia investidores acompanhavam os desdobramentos das negociações entre republicanos e democratas, nos Estados Unidos, em torno de uma proposta orçamentária para evitar o “shutdown” (paralisação) do governo a partir de quarta-feira.

A falta de acordo entre republicanos e democratas conduzia a busca pela segurança dos Treasuries, o que pesava sobre os rendimentos dos títulos norte-americanos e, por tabela, sobre as taxas dos DIs.

Às 11h08, a taxa do DI para janeiro de 2028 marcou a mínima de 13,310%, em queda de 7 pontos-base, em um momento em que os yields dos Treasuries também estavam próximos das mínimas do dia.

À tarde, em uma indicação de que o acordo sobre o Orçamento não parece próximo, o presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu os democratas que permitir a paralisação do governo federal à meia-noite daria a sua administração a oportunidade de tomar medidas "irreversíveis", incluindo o encerramento de programas importantes para eles.

As preocupações em torno da possível paralisação de parte do governo norte-americano colocaram em segundo plano o restante do noticiário do dia.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que a taxa de desemprego ficou em 5,6% nos três meses até agosto, em linha com o projetado pelos economistas ouvidos pela Reuters.

À tarde, o Tesouro informou que a dívida pública federal subiu 2,59% em agosto ante julho, para R$8,145 trilhões. O órgão também elevou seu parâmetro para o estoque total da dívida no encerramento de 2025, para a faixa de R$8,500 trilhões a R$8,800 trilhões, citando um ambiente de maior demanda por títulos públicos federais.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho disse que as vagas de emprego em aberto -- uma medida da demanda por mão de obra -- aumentaram em 19.000, chegando a 7,227 milhões no último dia de agosto, conforme o relatório Jolts. Economistas consultados pela Reuters previam 7,185 milhões de vagas não preenchidas.

Perto do fechamento a curva brasileira precificava em 99% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de novembro.

No fim da tarde os rendimentos dos Treasuries já demonstravam certa recuperação. Às 16h32, o rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha queda de 3 pontos-base, a 3,604%. Já o retorno de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 1 ponto-base, a 4,148%.

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