Dólar afunda no exterior após dados decepcionantes de emprego nos EUA
O empreendedor Enrico Gazola, 25 anos, é cofundador da Nero, software house de inteligência artificial, e fundador da ASF, startup de educação vendida para o grupo CPV. Em entrevista ao podcast PodSonhar, do Poder360, ele contou como começou a empreender ainda no 1º ano da faculdade, aos 19 anos, e como a tecnologia foi essencial para o crescimento e o sucesso do seu primeiro negócio.
“Se eu não tivesse feito o Alan, se eu não tivesse investido no IA, se eu não tivesse investido em tecnologia, eu não teria vendido a empresa.”
A ASF surgiu da identificação de uma lacuna no mercado: a ausência de preparação para a segunda fase de vestibulares como o Insper e a FGV, que envolvem entrevistas e dinâmicas em grupo. A partir de sua própria experiência nesses processos, Enrico começou a dar aulas particulares — que rapidamente se tornaram uma operação estruturada.
“Resumidamente, cara, pegamos ali, tipo, na época era uma semaninha ali entre o resultado da 1ª fase até a 2ª fase, né? Que é quando divulgam, às vezes você tem 10 dias. Esses 10 dias, peguei uns 10 alunos ali, consegui tirar um dinheirinho na época, assim, acho que coisa de 2, 3 mil reais.”
O que começou com 10 alunos rapidamente virou 60. No auge, Enrico chegou a dar 15 horas de aula por dia, o que o levou a escalar o negócio, contratando outros professores e estruturando uma metodologia própria.
“Eu contratava muitas vezes alunos, pessoas que tiravam notas boas, pessoas que já passaram pelo processo.”
O ponto de virada, segundo ele, foi o desenvolvimento da inteligência artificial Alan, capaz de simular as entrevistas da 2ª fase dos vestibulares. A tecnologia aumentou a escalabilidade do negócio e reduziu drasticamente os custos.
“Antes, por exemplo, era custoso pra mim e pro aluno, vai, por exemplo, eu pagava, vai, por exemplo, 100 reais pra um professor sentar com o aluno e fazer uma entrevista ali da GV, uma simulação da arguição oral do INSPER. Com AI eu gastava, acho que assim, 10 centavos.”
Essa inovação chamou a atenção do CPV, grupo educacional com valuation na casa das centenas de milhões de reais, que adquiriu a ASF em 2024.
“Faturamos aí em menos de 12 meses já R$ 1 milhão. Passou 4 anos, vendemos para o maior player do setor na época, que é o CPV.”
Hoje, Enrico lidera a Nero, que desenvolve soluções de IA sob medida para empresas como BTG (BVMF:BPAC11), Fundação Lemann, Insper, Poder360 e startups. Além de softwares, a empresa também oferece consultorias e treinamentos personalizados.
“Hoje você vai no mercado, vamos supor, você quer implementar IA. O que você faz? Você pode contratar um dev, um freela, um SaaS, ou você contrata a Nero.”
Ao fim do episódio, Enrico compartilhou conselhos para jovens empreendedores, especialmente os que ainda estão na faculdade:
“Conecte-se com pessoas boas e tenha paciência. Todo mundo quer faturar um milhão. Cara, tenta faturar mil primeiro. Saiba que se você quer empreender, você vai ter que abrir mão de muita coisa”.
Assista ao vídeo:
Raio-X:
- Nome completo: Enrico Gazola
- Idade: 25 anos
- Naturalidade: São Paulo (SP)
- Formação: Economia pelo Insper
- Empresas fundadas: ASF (vendida ao CPV) e Nero
- Setor de atuação: Educação e tecnologia